O novo estudo, publicado esta semana na revista Nature Nanotechnology, demonstra que uma versão geneticamente modificada do vírus M13 ajuda a contornar esses obstáculos, possibilitando controlar o arranjo de nanotubos numa superfície, mantendo-os separados e isolados, o que impede a ocorrência de curto-circuitos.
Nos testes, a eficiência de conversão energética nos painéis com vírus aumentou de 8% para 10,6%. Os cientistas do MIT serviram-se de um tipo de célula solar de baixo custo na qual a camada activa é composta de dióxido de titânio, mas a mesma técnica pode ser aplicada em células convencionais de silício.
O vírus cumpre duas funções na estrutura: além de fazer com que pequenas proteínas (peptídeos) se unam aos nanotubos, mantendo separadas as minúsculas estruturas de carbono, produzem também um filme de dióxido de titânio sobre cada um dos nanotubos, aproximando-os do dióxido de titânio.
As duas funções foram realizadas alternadamente, através da mudança da acidez do meio no qual os vírus se encontram. Segundo os autores do estudo, essa troca de função também foi demonstrada pela primeira vez.