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Como trabalha o Pai Natal em Portugal?

Armando Veloso, que desempenha a função de “Pai Natal”, explica que é necessário ter “muita imaginação”, enquanto David Ferreira, também “Pai Natal”, realça a importância do disfarce.
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Na Fixando, plataforma portuguesa para a contratação de serviços locais, existe um serviço inusitado que não tem qualquer pedido de profissionais até chegar ao mês de novembro, e só atinge um número expressivo no último mês do ano: o “Pai Natal”.

“Tenho dois tipos de clientes”, explica Armando Veloso, 28 anos, natural do Porto. “Em novembro aparecem as pessoas mais preocupadas, que reservam logo o dia que desejam, e agora surgem os clientes que marcam em cima da hora”. Os dados da Fixando confirmam que 70% dos pedidos para a categoria “Pai Natal” foram efetuados em dezembro, sendo que os restantes 30% foram realizados no mês de novembro.

Em espaços públicos ou particulares, desde centros comerciais a escolas, Armando Veloso é um dos profissionais que aproveita a época natalícia para se transformar no Pai Natal, dividindo-se no resto do ano entre as personagens de palhaço, DJ, ou mágico, sobretudo em aniversários e casamentos. “É fundamental ter uma imaginação muito fértil”, indica Armando Veloso sobre o que é necessário para vestir o fato vermelho e colocar a barba branca. “Os pequenos fazem todo tipo de perguntas, e temos de estar psicologicamente preparados para responder a tudo”.

“Este trabalho depende muito do tipo de público”, analisa David Ferreira, 37 anos, natural de Coimbra, há mais de uma década a fazer de Pai Natal. Em relação ao habitual público infantil, David indica que basta “conseguir fazê-los se envolverem na magia da conversa em dois a três minutos”, e com o público adulto, normalmente dentro de empresas, “requer uma interação mais à base da comédia, com algumas magias pelo meio”.

O primeiro serviço de Armando Veloso como Pai Natal foi num centro comercial, espaço de trabalho mais comum para grande parte dos profissionais contratados para desempenhar esta personagem. Por norma, é o Pai Natal que deve fornecer a própria roupa e os adereços, fundamentais para compor o disfarce. “Uso fatos profissionais completos, desde a barriga falsa ao saco, porque as crianças prestam atenção a todos os detalhes”, explica David Ferreira. “Mas o mais importante no disfarce é ao nível da cara, ou seja, a barba, os óculos e capuz”.

“O maior desafio é não sabermos se podemos dizer às crianças se vão receber aquilo que estão a pedir, porque não conhecemos a situação financeira da família”, reflete Armando Veloso, acrescentando que apesar de haver sempre um ou outro “chico esperto”, fica sempre contagiado pela “alegria das crianças com a presença do Pai Natal”.

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