A partir de 2020, os terráqueos curiosos (e que tenham disponibilidade para "abrir os cordões à bolsa") poderão fazer viagens turísticas... à Lua. Esta experiência lunar será possibilitada por um grupo privado de empresas norte-americanas.
A partir de 2020, os terráqueos curiosos (e que tenham disponibilidade para “abrir os cordões à bolsa”) poderão fazer viagens turísticas… à Lua. Esta experiência lunar será possibilitada por um grupo privado de empresas norte-americanas, que pretende vender viagens para duas pessoas ao satélite natural da Terra pela “módica” quantia de 700 milhões de dólares.
O grupo Golden Spike, que integra vários ex-veteranos da agência espacial norte-americana NASA, vai, portanto, proporcionar estas viagens – para dois “turistas” cada – ao mesmo preço das missões não-tripuladas à Lua.
Em declarações ao portal Space, Alan Stern, presidente e diretor-executivo da Godel Spike, explica que estas vão ser vendidas “a nações, empresas e pessoas individuais”. “Podem por-se na fila – e acredito que a fila vai ser grande”, antevê o responsável. Os líderes do grupo ainda não escolheram em que veículo ou cápsula espacial serão feitas as viagens, sendo que o meio de transporte deverá ser selecionado até 2014.
Para manter o preço o mais “económico” possível, dentro dos limites que uma expedição do tipo acarreta, a Golden Spike vai utilizar foguetes ou outros veículos espaciais que já existam ou já estejam em desenvolvimento. Segundo Stern, a companhia irá, no entanto, ter os seus próprios fatos lunares.
Cada expedição terá um mínimo de 36 horas de estadia na Lua – uma duração mais longa do que a soma das duas missões Apolo 11 e 12 – e o pacote oferecido inclui dois passeios em solo lunar, fornecimento de equipamento para realizar experiências e filmagens na paisagem lunar, autorização para recolher até 50kg de solo local e até umas “paragens” na órbita terrestre”.
Estas expedições dirigem-se, particularmente, aos países que não têm as suas próprias agências espaciais ou que não têm meios financeiros para enviar pessoas para a Lua de forma independente, bem como a organizações científicas e pessoas em nome individual que queiram fazer a viagem das suas vidas.
“Falámos com agências espaciais de países asiáticos e europeus e encontrámos um verdadeiro interesse [neste tipo de viagem]”, conclui Stern.