O objetivo da missão passa por “diminuir o número de animais vadios” e esclarecer a população para “questões sanitárias, de saúde e doenças transmissíveis”, conforme explicou ao Diário de Noticias, Manuel Malta, chefe da missão.
Os quatro veterinários e a estudante finalista de medicina veterinária vão equipados para procederem a cerca de 80 esterilizações “mas vão preparados para mais”.
“Levamos tudo: desinfectantes e instrumentos de cirurgia para termos condições para actuar com segurança”, assegura Manuel Malta.
Os voluntários vão ser recebidos pela Câmara Municipal da Ilha de Maio que fica responsável pelo alojamento e alimentação. Apenas a deslocação no valor de 850 euros foi paga pelos voluntários.
“Se os voluntários não pagassem as viagens e se alguns laboratórios a quem pedimos apoio não cedessem material e medicamentos, a missão seria impossível”, acrescentou Conceição Peleteiro, presidente da associação Veterinários sem Fronteiras.
De acordo com a mesma responsável, uma das veterinárias também é enfermeira e irá trabalhar mais na parte da saúde pública e educação da população.
Para Conceição Peleteiro, “o grande problema em Cabo Verde é a sarna”, doença de pele transmissível ao homem com muita facilidade. “A sarna nos animais é um péssimo indicador de saúde pública e lá vê-se bastante.”
A organização internacional dos Veterinários sem Fronteiras é constituída por organizações não governamentais presentes em diversos países europeus. Apesar de ter sido fundada em 1987, Portugal só entrou em 2006, sendo o país mais recente da organização, juntamente com a Áustria.
[Notícia sugerida pela utilizadora Raquel Baêta]