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Verão deve ser sinónimo de proteção!

Com a chegada do verão chegam também os dias longos que convidam às esplanadas, a dias de praia e piscina e a longos períodos de exposição solar.
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por Rita Fernandes Ferreira, médica de Medicina Geral e Familiar

A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo prevê em 2018 sejam diagnosticados mais de 12 mil novos casos de cancro de pele. Uma das principais medidas para diminuir este risco é o uso de protetor solar, não só na praia ou piscina, mas de forma diária. Sabe como escolher o seu protetor solar?

Os protetores solares são produtos que combinam diferentes ingredientes formando um filtro químico ou físico para a radiação ultravioleta (UV). Há dois tipos de radiação UV, os raios UVA e os raios UVB. Os primeiros penetram mais profundamente na pele e estão associados ao fotoenvelhecimento, além de exacerbarem os efeitos carcinogénicos dos raios UVB, os quais incidem mais superficialmente na pele e são responsáveis pelas comuns queimaduras solares.

A capacidade de defender a pele dos raios UVB é indicada pelo fator de proteção solar, apresentado nos rótulos através das siglas FPS ou SPF (do inglês Sun Protection Factor). Para perceber melhor o significado deste valor fica o exemplo: para uma determinada pessoa, se demorar 20 minutos para que a pele comece a queimar quando exposta ao sol, ao usar um protetor solar FPS 15 levará cerca de 5 horas a acontecer o mesmo, ou seja, 15 vezes mais tempo. Sendo esta uma medida laboratorial, na prática há variabilidade interpessoal. A Organização Mundial de Saúde recomenda o uso no mínimo de um FPS 15, que contenha também filtros contra raios UVA. A aplicação deve ser em toda a pele 30 minutos antes da exposição solar e não se deve esquecer de áreas como as pálpebras, do nariz, dos lábios e das orelhas. É necessário repetir a aplicação a cada 2 horas e sempre que transpire em demasia ou vá dar um mergulho ao mar/piscina.

Em caso de queimadura solar, vulgarmente definida como escaldão, pode aplicar sobre a queimadura panos húmidos e frios durante 10 a 15 minutos, várias vezes por dia para aliviar o calor e a dor. Depois, aplique uma loção hidratante ou gel de aloé vera durante os dias seguintes. Se aparecerem bolhas, não as deve rebentar pelo risco de infetarem. Pode aliviar a dor com paracetamol ou ibuprofeno. E não se esqueça de proteger a pele queimada de novas exposições solares. Deve recorrer ao médico caso a queimadura solar curse com bolhas grandes e dolorosas ou se concomitantemente surgir febre, calafrios, náuseas, sensação de enjoo, ou debilidade.

Outros conselhos a não esquecer:

  • Evite a exposição solar entre as 11 e as 16 horas. Cuidado mesmo em dias nublados;
  • Na montanha, tenha em conta que a intensidade dos raios solares é maior devido à altitude e pode queimar a pele em menos tempo;
  • Os raios solares refletem-se na água, na areia e na neve. Portanto, deve proteger-se também quando está dentro de água, debaixo de um chapéu de sol ou na neve;
  • Deve fazer refeições leves e mais frequentes;
  • Aumente a ingestão de água, ou sumos de fruta natural sem açúcar.

 

 

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