A Venezuela estima produzir, este ano, um total de 1,2 milhões de computadores portáteis com tecnologia portuguesa para serem distribuídos pelas crianças que frequentam o ensino primário público.
A Venezuela estima produzir, este ano, um total de 1,2 milhões de computadores portáteis com tecnologia portuguesa para serem distribuídos pelas crianças que frequentam o ensino primário público. O anúncio foi feito pelo ministro venezuelano de Ciência e Tecnologia.
Jorge Arreaza revelou esta projeção durante uma visita de inspeção às instalações da fábrica de montagem de computadores “Canaima” (nome local dos portáteis Magalhães), em que esteve também presente o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
“Isto [a produção destes computadores] vai aproximar-se dos 90% da meta projetada para a educação primária, de modo a que todos os nossos filhos tenham um computador, do segundo grau até ao sexto grau” de ensino, salientou o ministro.
Segundo o governante, atualmente, de 2.350.000 crianças da educação primária venezuelana contam, cada uma delas, com um portátil “Canaima”. Este ano, governo espera começar também a equipar os alunos da educação primária.
Já Nicolás Maduro destacou o facto de esta distribuição de portáteis combinar vários benefícios. “Em primeiro lugar a educação dos nossos meninos, que enveredam desde pequenos no manejo das novas tecnologias e também o avanço económico do país, com o desenvolvimento de um pólo industrial e tecnológico na Venezuela, e um apoio importante à estabilidade laboral, com a criação de empregos de qualidade”, enumerou.
Primeiros portáteis lusos chegaram à Venezuela em 2009
Os empregados da fábrica que vai produzir os portáteis “Canaima” foram formados através do programa venezuelano Missão Saber e Trabalho no decurso de um acordo assinado entre a Venezuela e Portugal.
Os primeiros computadores do projeto foram importados de Portugal mas, depois, foram criadas fábricas de montagem local, prevendo-se que, num futuro próximo, a Venezuela vá passar a fabricar partes para exportação.
Por outro lado o vice-presidente da Venezuela recordou o “empenho do presidente Hugo Chávez” em avançar com o projeto de dotar as crianças com portáteis, “baseando-se em metas muito precisas que se têm cumprido”.
A distribuição de computadores portáteis portugueses nas escolas venezuelanas teve início em 2009, no âmbito de um acordo de cooperação assinado entre Caracas e Lisboa.
A propósito desta parceria entre Portugal e a Venezuela foi criado, em Caracas, o Centro Científico e Tecnológico Simón Bolívar, onde, com transferência tecnológica portuguesa, funciona uma linha de montagem destes portáteis.