A Venezuela adotou, recentemente, uma série de medidas destinadas a proteger os tubarões nas suas águas, entre as quais a criação de um "santuário" e o fim do corte das barbatanas destes animais.
A Venezuela adotou, recentemente, uma série de medidas destinadas a proteger os tubarões nas suas águas. Entre estas medidas estão a proibição da pesca comercial destes animais numa área de 3.730 quilómetros quadrados no Mar das Caraíbas e da prática de corte das barbatanas dos tubarões, que depois são devolvidos ao mar para morrer.
“A decisão de proibir o corte das barbatanas dos tubarões significa que agora o país se junta aos restantes países da América do Sul, América do Norte e América Central que baniram essa prática predatória”, afirmou Jill Hepp, responsável máximo do Pew Environment Group, uma organização mundial de conservação dos tubarões, citado pela imprensa internacional.
“Em combinação com a criação da zona protegida para procriação em Los Roques e Las Aves – cujas praias primitivas e os recifes de coral atraem muitos mergulhadores e pescadores – este é o derradeiro passo no crescente movimento mundial para salvar estes magníficos animais”, considerou Hepp.
Estas duas zonas foram identificadas pelos cientistas como um importante local de reprodução e criação de populações de diversas espécies de tubarões, incluindo algumas das mais rarascomo o tubarão limão ou o tubarão dos corais das caraíbas, o que motivou um “apertar do cerco” à pesca.
Saliente-se que os tubarões são muito sensíveis à pesca predatória devido a caraterísticas biológicas como a vida longa e a baixa taxa de natalidade. Estima-se que, anualmente, 73 milhões de tubarões sejam mortos devido às suas barbatanas, em especial por culpa da crescente procura pela célebre sopa de barbatana de tubarão.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]