Uma vacina capaz de curar a intolerância ao glúten poderá vir a revolucionar a vida dos pacientes que sofrem de doença celíaca, travando a reação adversa do organismo à proteína, presente em alimentos como o pão, e permitindo uma dieta normal.
Uma vacina capaz de curar a intolerância ao glúten poderá vir a revolucionar a vida dos pacientes que sofrem de doença celíaca, travando a reação adversa do organismo à proteína, presente não apenas no pão, mas também nas massas, nos bolos e até nas salsichas, e permitindo o seguimento de uma dieta normal.
A vacina está a ser desenvolvida por uma companhia norte-americana, a Immusant Inc., e foi testada com sucesso em laboratório, pelo que os ensaios clínicos em seres humanos deverão ter início em breve. A “NexVax2”, como foi batizada, reprograma o sistema imunitário, evitando que este desencadeie um ataque em resposta à ingestão de glúten.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, o fármaco, que deverá ser administrado segundo uma série de várias injeções, contém pequenos fragmentos das proteínas responsáveis pela reação excessiva do sistema imunitário durante o processo digestivo mas, uma vez que estas têm dimensões extremamente reduzidas, é possível “ludibriar” o organismo até que este passe a aceitá-las como não sendo prejudiciais à saúde.
Desta forma, o corpo habitua-se gradualmente à entrada de níveis mais elevados de glúten no organismo e, quando este for reintroduzido na dieta, deixará de ser considerado uma ameaça. Os ensaios clínicos vão arrancar nos EUA, Austrália e Nova Zelândia e envolverão mais de 100 pacientes.
Segundo um porta-voz da Immusant Inc., a companhia espera que a “NexVax2 reduza dramaticamente a resposta do sistema imunitário ao glúten para que as pessoas retomem uma dieta normal e voltem a sentir-se saudáveis”.
A doença celíaca é uma doença autoimune que afeta milhões de pessoas todo o mundo. Atualmente não há tratamento para a patologia, que, em reação à ingestão de glúten, provoca sintomas como vómitos ou diarreia que podem durar vários dias, aumentando também o risco de osteoporose, infertilidade e cancro no intestino.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]