Um protocolo entre a Universidade de Pretória e o Instituto Camões prevê a criação de cursos em Estudos Portugueses e a formação de docentes, tradutores e intérpretes, na África do Sul.
A Universidade de Pretória, na África do Sul, vai contar com um leitorado de Português, a partir do próximo ano. Esta é a terceira instituição de ensino superior a adotar a língua portuguesa naquele país, estando prevista a implementação da língua como curso “major” nos programas de Bacharelado em Humanidades.
O protocolo assinado na passada semana com o Instituto Camões prevê a criação de cursos em Estudos Portugueses para a Faculdade de Humanísticas da Universidade de Pretória e a formação de docentes, tradutores e intérpretes.
Para o embaixador de Portugal na África do Sul, António Ricoca Freire, esta é uma “importante alavanca na promoção da língua portuguesa”.
O diplomata explicou à agência Lusa que o “protocolo terá um efeito multiplicador muito importante”, visto que vão passar a existir “professores de Português, não apenas portugueses mas de língua portuguesa e de estudos portugueses”, formados nas universidades locais.
A Universidade de Pretória refere-se ao Português, no seu site oficial, como “uma das dez principais línguas maternas do mundo” e como um veículo de “proximidade aos países lusófonos, como Moçambique e Angola, e a forte relação com o Brasil”.
O coordenador do ensino do Português na embaixada de Portugal em Pretória, Rui de Azevedo, explicou à agência Lusa que o português “já está integrado e oficializado no ensino público e privado” da África do Sul.
Segundo o representante, no ano passado, 158 alunos fizeram o exame de 12º ano em português como segunda língua alternativa. “Temos um público-alvo bastante alargado para estes cursos agora a serem criados nas universidades”, acrescentou o coordenador Rui de Azevedo.
Segundo a agência Lusa, o Instituto Camões espera assinar um outro protocolo semelhante, no final deste mês, com a Universidade de Witwatersrand de Joanesburgo, também na África do Sul. A Universidade do Cabo completa o grupo de três instituições académicas daquele país que contam com um leitorado de Português.
[Notícia sugerida por António Ferra]
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