Sede da Fundação Cultural da UC, o Palácio Sacadura Bote vai acolher as associações de estudantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, bem como a Associação Erasmus, programa europeu de mobilidade.
Tirar partido da riqueza multicultural trazida por estes alunos para Coimbra é um dos principais objetivos da iniciativa, conforme explica a diretora da Divisão de Relações Internacionais da instituição, Filomena Marques de Carvalho.
"Que esta riqueza seja aproveitada pelos estudantes europeus que vêm para a Universidade de Coimbra, pelos estudantes portugueses na Universidade de Coimbra, pelos estudantes que vêm do resto do mundo, e que possam interagir mais entre eles", declarou a responsável à agência Lusa.
A Casa da Lusofonia irá funcionar como um espaço onde os alunos dos países lusófonos e da comunidade europeia podem dar a conhecer as suas culturas e desenvolver conjuntamente atividades de índole mais científica, aproveitando a presença de investigadores em Coimbra.
"Também queremos que o impacto desses estudantes a frequentar as faculdades possa contribuir para que haja desenvolvimentos curriculares, novas ofertas de ensino, novas abordagens, nomeadamente multiculturais, mais transversais", acrescentou Filomena Marques Carvalho.
Lucas Lima e Paulo Soares, presidentes das associações de estudantes são-tomenses e cabo-verdianos, respetivamente, mostraram-se agradados com a ideia, considerando-a "uma mais valia" no processo de valorização das suas culturas e na sua integração no seio da sociedade portuguesa.
A UC é a universidade ibérica com maior percentagem de estudantes estrangeiros – 3.539 num universo de 22.596 alunos inscritos. Das 67 nacionalidades representadas, as mais numerosas são as do Brasil, Angola, Cabo Verde, França, Espanha, China, São Tomé e Príncipe, Alemanha, Venezuela, Moçambique, Guiné-Bissau, Suíça, Itália, EUA, Irão e Timor-Leste.
[Notícia sugerida pela utilizadora Patrícia Guedes]