Uma equipa da Universidade do Minho está a desenvolver um sensor inovador para ser incorporado em cirurgias de correção de aneurismas com o objetivo de monitorizar os doentes no pós-operatório com custos mínimos.
Uma equipa da Universidade do Minho está a desenvolver um sensor inovador para ser incorporado em cirurgias de correção de aneurismas com o objetivo de monitorizar os doentes no pós-operatório com custos mínimos.
O novo sensor baseia-se numa tecnologia apoiada por telemetria que poderá vir a ser utilizada em intervenções de reparação endo-vascular de aneurismas, as chamadas EVAR. Estas intervenções são postas em prática há cerca de 20 anos e constituem uma alternativa minimamente invasiva à cirurgia convencional, mas têm vindo a ser melhoradas.
Graças à incorporação do sensor, será mais fácil seguir os doentes após o procedimento, o que tornará o processo de monitorização mais simples para os médicos e, sobretudo, mais económico e menos incómodo para o paciente.
“As vantagens do projeto em que estamos a trabalhar estão no facto de se tratar de uma tecnologia de baixo custo, para além de fazer uma aposta num sensor muito fino e flexível”, explica o coordenador do projeto, Luís Alexandre Rocha, em comunicado.
Desta forma, o sensor pode ser colocado na própria cirurgia de correção do aneurisma, sem a necessidade de cirurgias complementares ou cateteres invasivos.
Segundo os responsáveis, esta inovação vai trazer “vantagens transversais”, já que “permite uma evolução ao nível da eletrónica industrial”, passando-se da utilização de materiais tradicionais, como os silícios, para o trabalho com nano-compósitos.
“Este projeto terá desenvolvimentos importantes em materiais simultaneamente flexíveis e condutores, que trabalhem com sensores aplicáveis noutros campos e áreas”, acrescenta Luís Alexandre Rocha.
O desenvolvimento do sensor está a ser apoiado pelo MIT Portugal, a FEUP e o Instituto Superior Técnico e conta com o apoio financeiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia.