Acaba de ser anunciada a descoberta do que os astrónomos julgam ser uma nova "superterra", planeta que poderá ter um clima semelhante ao da Terra e caraterísticas adequadas para permitir a existência de vida a apenas 42 anos-luz.
Acaba de ser anunciada a descoberta do que os astrónomos julgam ser uma nova “superterra”, planeta que poderá ter um clima semelhante ao da Terra e caraterísticas adequadas para permitir a existência de vida a apenas 42 anos-luz de distância do nosso sistema solar.
O achado foi feito por uma equipa internacional de astrónomos coordenada por Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, e Guillem Anglada-Escudé, da universidade alemã de Göttingen.
De acordo com os cientistas, esta “superterra” está localizada na zona habitável (Goldilocks) de uma estrela próxima, integrando um sistema de seis planetas. Inicialmente, a equipa pensava que este sistema planetário contava apenas com três planetas, mas o uso de técnicas inovadoras possibilitou evitar sinais falsos das estrelas e identificar três outros até agora desconhecidos.
“Utilizámos técnicas pioneiras de análise de dados que nos permitiram reduzir a influência da atividade estelar, que distorcia os resultados. Esse facto aumentou significativamente a nossa sensibilidade e deu-nos capacidade de revelar três novas 'superterras' em redor da estrela HD 40307”, explica Mikko Tuomi em comunicado.
Segundo os astrónomos, de entre estes planetas, há um que sobressai: trata-se de um planeta que orbita a sua estrela a uma distância semelhante àquela a que a Terra orbita o nosso Sol, o que faz com que receba uma quantidade similar de energia, aumentando a possibilidade de ser habitável.
“Descoberta entusiasmante”
Além de, graças a este fator, ser possível considerar a existência de água em estado líquido e de uma atmosfera estável para que haja vida, o planeta parece também rodar sobre o seu próprio eixo – como acontece com a Terra – gerando um ciclo de dia e noite que poderá ser idêntico àquele que conhecemos.
“A estrela HD 40307 é uma velha estrela anã-vermelha perfeitamente estável, pelo que não há razão para que o planeta em causa não possa albergar um clima semelhante ao clima terrestre”, afirma Guillem Anglada-Escudé. As caraterísticas da órbita do planeta – o HD 40307g – significam igualmente que o clima e a atmosfera podem ser ideais para que tal aconteça.
Na opinião de David Pinfield, da Universidade de Hertfordshire, “descobertas como esta são verdadeiramente entusiasmantes e este tipo de sistema será um 'alvo' natural para a próxima geração de grandes telescópios, quer em Terra, quer no espaço”.
Clique AQUI para aceder ao estudo publicado na sexta-feira na revista científica Astronomy and Astrophysics.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]