O Free Go é um frigorífico comunitário que foi colocado num bairro problemático de Bruxelas para combater carências alimentares. Qualquer pessoa pode deixar alimentos no Free Go.
O Free Go é um frigorífico comunitário que foi colocado num bairro problemático de Bruxelas para combater carências alimentares. Qualquer pessoa pode deixar alimentos neste frigorífico que além de solidário é sustentável uma vez que funciona a energia solar.
Qualquer pessoa pode utilizar o Free Go tanto para se servir como para depositar comida de forma a ajudar aqueles que mais precisam.
A Corvia, instituição social responsável por este projeto, decidiu aproveitar o aparelho, cedido por um comerciante local e adaptá-lo de forma a que a sua fonte de energia fosse solar, sem depender de eletricidade. Só desta forma o projeto seria sustentável.
O projeto do frigorífico comunitário já saiu às ruas no final do ano passado, mais precisamente no dia 23 de Dezembro, e desde então tem sido um sucesso. A associação quis aproveitar a abundância de comida da época natalícia e a disponibilidade das pessoas em ajudar o próximo típica dessa altura, para lançar esta iniciativa.
Em entrevista à BBC, Ludovic Galler, de apenas 23 anos e sem-abrigo naquela zona, confessa que já foi surpeendido com o que encontrou no Free Go: “Depois do Natal, tinha lá um frango maravilhoso, com arroz e tudo. Nunca comi tão bem.”
O Free Go está 24horas aberto pelo que pode ser usado a qualquer hora do dia. Em termos de doações são proibidas bebidas alcoólicas e alimentos fora do prazo de validade. A verificação é feita, de dois em dois dias, por um elemento da associação.
Um dos objetivos do projeto, para além de ajudar a população carenciada, é cultivar o espírito de entre ajuda entre a população e promover o reaproveitamento dos desperdícios alimentares.
Muitos são aqueles que ajudam a encher o frigorífico: padarias, restaurantes, mercearias da região, entre outros, que acabam por abastecer o local com produtos excedentes, no final dos seus dias de trabalho.
“A intenção é que cada vez mais participem supermercados e mercearias, que descartam todos os dias toneladas de alimentos bons para o consumo só porque estão próximos da data de validade”, afirma a presidente da Instituição Corvia, Mathilde Pelsers, à BBC.
Notícia sugerida por Maria da luz