Vai ser criado um novo fundo europeu para combater o desemprego jovem. O fundo, que se insere no orçamento da União Europeia para o período entre 2014 e 2020, deverá disponibilizar entre 3 mil e 5 mil milhões de euros para a luta contra este flagelo.
Vai ser criado um novo fundo europeu para combater o desemprego jovem. O fundo, que se insere no orçamento da União Europeia para o período entre 2014 e 2020, deverá disponibilizar entre 3 mil e 5 mil milhões de euros para a luta contra este flagelo nos Estados-membros.
A notícia é avançada pela Europa Press, que cita fontes diplomáticas europeias. Segundo a agência, os chefes de Estado e de Governo dos 27 vão tentar chegar a acordo quanto a este orçamento durante uma cimeira que terá lugar na tarde desta quinta-feira, sendo que o fundo contra o desemprego jovem deverá ser a principal novidade a sair do encontro.
Os vários milhões de euros de dotação do fundo vão servir para apoiar os países em que este problema é mais flagrante, em particular Espanha (onde o desemprego jovem já ultrapassou os 55,6%), mas também Grécia e Portugal, atualmente em terceiro lugar no conjunto de países com uma taxa de desemprego mais elevada na União Europeia.
Recorde-se que o desemprego (em termos globais) no nosso país atingiu, em Dezembro passado, um novo máximo histórico, chegando aos 16,5%, e que os números do desemprego nos jovens abaixo dos 25 anos em Portugal chegaram também, naquela altura, segundo os dados divulgados este mês pelo Eurostat, aos 38,3%, um valor bastante superior à média da União Europeia (23,4%).
O objetivo dos governantes europeus é que, por cada euro do Fundo Social Europeu destinado ao financiamento de programas de formação e emprego gastos nos jovens, o novo fundo ceda mais um euro. Porém, os líderes terão ainda de discutir se o Estado beneficiário também terá de contribuir com algum financiamento para receber apoio ou se todos os gastos estarão a cargo do próprio fundo.
Por decidir está ainda o nível de desemprego jovem a partir do qual os países poderão beneficiar do fundo, se o valor a atribuir será calculado por Estado-membro ou por região e ainda durante quanto tempo o novo instrumento vai manter-se em vigor: se dois, se sete anos, como estabelece o orçamento europeu.