A Comissão Europeia apresentou, esta quarta-feira, o novo quadro de política climática e energética que prevê a redução das emissões de gases com efeito de estufa em 40% até 2013 e o reforço das energias renováveis.
A Comissão Europeia apresentou, esta quarta-feira, o novo quadro de política climática e energética que prevê a redução das emissões de gases com efeito de estufa em 40% até 2013 e o reforço das energias renováveis.
“A ação climática é fundamental para o futuro do planeta e uma política de energia verdadeiramente europeia é-o igualmente para a nossa competitividade”, afirmou, em Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Segundo o dirigente europeu, citado pela Lusa, “o pacote hoje apresentado prova que abordar as duas questões em simultâneo não é contraditório, levando-as antes a reforçarem-se mutuamente”.
“É do interesse da União criar uma economia geradora de emprego e menos dependente da energia importada através de uma maior eficiência e do recurso mais generalizado a energia limpa de produção interna”, defendeu Durão Barroso.
De acordo com o chefe do executivo comunitário, o objetivo de redução em 40% das emissões de gases com efeito de estufa até 2030 é “ambicioso”, tratando-se de “um marco economicamente mais rentável na via para uma economia hipocarbónica”, suportado pelo objetivo simultâneo “de 27% para as energias renováveis”.
No âmbito deste novo quadro em matéria de clima e energia para 2013, a Comissão exortou ainda o Conselho e o Parlamento Europeu a acordarem, até ao final de 2014, que a União Europeia “preconize a redução de 40% em princípios de 2015, no âmbito das negociações internacionais sobre um novo acordo mundial para o clima que deverão ser concluídas em Paris” no final desse ano.
Bruxelas definiu também novos objetivos para as políticas de eficiência energética, um novo sistema de governação e um conjunto de novos indicadores “destinados a garantir a competitividade e a segurança do sistema energético”.
“O quadro visa impulsionar a evolução para uma economia com baixo teor de carbono e um sistema energético competitivo e seguro que garanta energia a um preço acessível para todos os consumidores, aumente a segurança do aprovisionamento energético da União Europeia, reduza a nossa dependência das importações de energia e crie novas oportunidades de crescimento e emprego, tendo em conta os potenciais impactos dos preços a longo prazo”, referiu o executivo comunitário.
Estas novas diretivas deverão ser analisadas pelos chefes de Estado e de Governo no Conselho Europeu da primavera, que decorre entre 20 e 21 de março, em Bruxelas.