A Alma Mater visa tornar mais acessível um “património vasto, rico e em alguns aspetos, único”, como é o caso da mais antiga universidade de Portugal, e uma das mais antigas do mundo.
O património digitalizado permite a preservação de todo o acervo de fundo antigo composto por “livros antigos, manuscritos, cartas, fotografias, desenhos e partes de espólio de autores formados pela Universidade de Coimbra como Almeida Garrett, Félix Avelar Brotero e Júlio Henriques”, conforme referiu à Lusa o diretor da Biblioteca Geral e do Sistema Integrado de Bibliotecas da UC, Carlos Fiolhais.
Ao acervo acresce ainda o núcleo “República Digital”, que reúne “diversos documentos” (desde jornais a manuscritos, de livros a correspondência ou de fotografias a desenhos) sobre “as transformações políticas, sociais, científicas e artísticas”, provocadas pela implantação do novo regime, as ideias republicanas e a resistência ao Estado Novo.
O projeto ainda se encontra em conclusão. Faltam digitalizar 200 mil obras de fundo antigo da Universidade produzida até meados do século XX. De acordo com o mesmo responsável para tal “são necessários investimentos”, que na atual situação económica se revelam difíceis de obter.
Europeana – Biblioteca digital europeia
A Alma Mater congrega e valoriza várias bibliotecas digitais já existentes – Biblioteca Digital da Faculdade de Direito, Biblioteca Digital de Botânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia e Biblioteca Geral Digital – e outras novas como a Biblioteca Digital da Faculdade de Letras.
Entre outras instituições, é financiada pelo Ministério da Cultura, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, além de fundos próprios da Universidade, que assim tem investido na valorização dos “tesouros” que guarda.
Os conteúdos destas bibliotecas digitais já estão, em parte, integrados na Europeana, o grande projeto digital sobre o património cultural, da responsabilidade da União Europeia.