A cidade do Porto, em particular a sua rede de transportes, está, esta semana, em destaque no Ocho Leguas, portal de viagens do jornal espanhol El Mundo. Um artigo publicado na quarta-feira deixa um elogio à mobilidade na Invicta.
A cidade do Porto, em particular a sua rede de transportes, está, esta semana, em destaque no Ocho Leguas, portal de viagens do jornal espanhol El Mundo. Um artigo publicado na quarta-feira deixa um elogio à mobilidade na Invicta, que vai desde o metro e as suas estações modernas ao histórico Funicular dos Guindais.
Javier Mazorra, historiador de arte e “contador de viagens” que assina a peça, começa por salientar o facto de o Porto poder gabar-se de ser a única cidade no mundo que contou, no desenho da sua rede de metropolitano, com o trabalho de dois arquitetos galardoados com o Prémio Pritzker – Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura.
No entender do autor, “os transportes públicos do Porto são uma atração por si mesmos”. O principal destaque vai, precisamente, para o metro, que conta atualmente “com seis linhas que chegam até à Póvoa do Varzim e ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, desenhado por João Carlos Leal, que se ocupou também da própria estação para mostrar o compromisso da cidade com a melhor arquitetura”.
Mazorra salienta a grande extensão da linha do metro do Porto, que dispõe de um total de 80 estações, parte delas de superfície e parte subterrâneas, distribuídas por 70 quilómetros.
Para o historiador espanhol, “as duas grandes estrelas deste meio de transporte são, sem dúvida, Siza Vieira, responsável pela conceção da estação de São Bento e Souto Moura (…) cujo trabalho de mais destaque é a estação da Casa da Música, que serve de passadeira vermelha no caminho para o edifício de Rem Koolhaas”.
Teleférico de Gaia também merece destaque
Outra das vantagens do sistema de transportes portuense é, acrescenta, o Andante, “bilhete recarregável flexível que permite a movimentação por todo o espaço da área metropolitana do Porto a baixo custo” e que inclui o metro, mas também autocarros e funicular, embora exclua os barcos que circulam no rio, o teleférico (de Gaia) e os elétricos que funcionam como transporte turístico.
O Funicular dos Guindais, que liga a parte alta da cidade às margens do Rio Douro em apenas três minutos, também é elogiado por Javier Mazorra, que o descreve como “uma proeza técnica cujas origens remontam aos finais do século XIX e que renasceu totalmente modernizado em 2004, para facilitar de uma forma elegante e rápida” esta comunicação entre os dois locais.
E, apesar de se tratar de um equipamento de transporte situado na margem oposta do rio, Mazorra não esquece ainda o Teleférico de Gaia que, “devido às rivalidades entre cidades, só circula entre o cais de Vila Nova de Gaia, o Jardim do Morro e a entrada da Ponte Luiz I' mas, garante, “oferece uma visão do Porto antigo verdadeiramente espetacular”.
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[Notícia sugerida por Anabela Figueiredo]
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