Desta vez foi a vila de Sintra a escolhida pelo The Guardian para mais um artigo de destaque às maravilhas de Portugal.
Desta vez foi a vila de Sintra a escolhida pelo The Guardian para mais um artigo de destaque às maravilhas de Portugal. “Simplesmente Sintra: magia e mistério na costa atlântica portuguesa” é o título do artigo da jornalista Isabel Choat que dá a conhecer esta mítica localidade.
Muitas vezes descrita como uma “Disneyland para adultos”, Sintra merece ser explorada pela “sua história, praias circundantes, bosques e pratos de peixe e marisco, servidos nos restaurantes da região”, escreve a autora.
Chloat andou pelas praias sintrenses, ao longo de “trecho espetacular da costa atlântica a norte de Lisboa, com altas escarpas, ondas retumbantes e trilhos inexplorados”. Além de conhecidas pelas ótimas condições para a prática de surf, as praias de Sintra são também o melhor sítio para “servir o mar à mesa”, garante.
Com destaque para os percebes, um dos mariscos mais apreciados pelos críticos gastronómicos, sugestões não faltam para provar o que Portugal tem de melhor à mesa, à beira-mar.
“Em qualquer altura, sente-se num terraço num dos restaurantes espalhados pela região e peça peixe que tenha sido apanhado escassas horas antes e regado apenas com azeite e limão”, recomenda a jornalista. “O facto de, no fim, pagar metade do que pagaria por uma refeição similar em Inglaterra torna tudo ainda mais doce”, acrescenta.
“O Parque Natural Sintra-Cascais estende-se para o interior, envolvendo dunas, vinhas e encostas cobertas de densos arvoredos. E, depois, no centro de tudo, a vila de Sintra”, continua Chloat. “Na lista da UNESCO pelos seus extraordinários castelos, palácios e casas típicas, Sintra é o destino certo para aqueles que gostam de sair da capital e passar três ou quatro horas a explorar tesouros.”
Um deles encontra-se numa das mais antigas propriedades da vila, com o nome Almaa. A autora diz tratar-se de um “hostel em tudo invulgar, com quartos de estilo espartano, corredores escuros e misteriosos como num filme do Scooby-Doo e uma piscina natural de pedra-antiga”.
Destaque ainda para a extensa muralha que domina grande parte da paisagem sintrense desde o Castelo dos Mouros, no cimo da montanha, e cuja arquitetura “parece uma mini-Muralha da China”. No ponto mais alto da vila, brilha o palácio de Verão de D. Fernando II, a Pena, que “alberga um “convento do século XVII e junta cúpulas de estilo turco com fachadas góticas”.
“Apesar de considerado o mais emblemático ícone do romantismo em Portugal, o Palácio da Pena não é a única residência extravagante da vila. Uma longa linhagem de nobres viajantes e empresários contemporâneos fizeram de Sintra a sua casa, pelo que, numa área de poucos quilómetros, é possível encontrar uma surpreendente e fascinante mistura de estilos”, presentes nas quintas, mansões e palacetes espalhados por Sintra, lê-se no artigo.
“Do delicado interior árabe entalhado do Palácio de Monserrate ao alpinismo do Chalé da Condessa de Elda, explorar Sintra é como fazer uma excursão ácida pela arquitetura”, tais são os choques de estilos. “Mas o mais extravagante de todos é, sem dúvida, o estilo da Quinta da Regaleira, uma coleção nunca antes vista de lagos, grutas, quedas de água, portas falsas e túneis secretos que levam o visitante ao 'submundo' de uma mansão neo-gótica”.
“As camadas de história, as florestas de encantar e os trilhos selvagens pelos bosques, com antigas fontes e capelas ao longo de todo o percurso, dão a Sintra toda uma mística que atrai todo o tipo de pessoas, desde milionários que queiram transformar uma quinta a artistas falidos que procuram inspiração”.
Segundo Chloat, mesmo no centro da vila sintrense é possível sentir toda uma “vibração alternativa”, patente em espaços físicos como o Café Saudade ou o restaurante A Raposa.
A jornalista conclui com um conselho: “Quando ficar com a cabeça cansada das histórias de Sintra e das suas pessoas, a apenas alguns quilómetros, tem uma extensão de praias vazias onde a brisa do oceano Atlântico lhe vai limpar as ideias e fazer sentir que aquele tempo passado na vila pareceu um sonho”.
Leia AQUI o artigo original do jornal britânico.
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