“Que lições pode o Independent aprender com o diário português ´i´?” é o título da peça assinada pelo jornalista Giles Tremlett no Guardian. De facto, o novo diário britânico dirige-se a um público que coincide com o target da publicação portuguesa – jovens trabalhadores urbanos que privilegiam a Internet como fonte de informação.
A dimensão do jornal pertencente ao Grupo Lena – que, apesar de ter sido lançado há pouco mais de um ano já tem um lugar “entre a imprensa mais influente” – é a primeira das vantagens enunciadas; sendo pouco maior que uma revista, o “i” adapta-se a um tipo de leitor jovem, sempre em movimento.
O jornalista do Guardian destaca também a organização das notícias em secções pouco convencionais, “reconhecendo que os acontecimentos do dia anterior já serão familiares para a maioria dos leitores” e destacando os artigos de fundo e de opinião.
O design da responsabilidade Nick Mrozowski, também ele um jovem de 26 anos, é outro dos destaques. As cores fortes, a profusão de ilustrações de qualidade e de infografias distinguem o diário português dos seus concorrentes mais diretos, como o Público e o Diário de Notícias.
Apesar de notar a quebra nas vendas de jornais em Portugal, o artigo do Guardian sublinha que a estratégia adotada pelo “i” fez com que um público habitualmente desligado da imprensa escrita passasse a comprar jornais. Mrozowski, citado pelo Guardian, dá mesmo o seu conselho ao diretor da nova publicação do Independent: “A única maneira de evoluir é apostar em estratégias que outras publicações não assumiriam e tentar produzir mais do que um simples jornal, todos os dias”.
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