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Telemedicina em diálise peritoneal já beneficia mais de 100 doentes em Portugal

Projeto pioneiro permite realizar remotamente a monitorização dos dados clínicos e os ajustes terapêuticos necessários
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Foi oficialmente lançado em Portugal o projeto de Telemedicina em Diálise Peritoneal que permite ligar remotamente os doentes que efetuam Diálise Peritoneal Automatizada (DPA), realizada em casa, aos profissionais de saúde que os acompanham nos hospitais. A monitorização dos dados permite que os médicos acedam remota e diariamente à informação de tratamento dos seus doentes, efetuando os ajustes necessários à terapêutica e possibilitando um cuidado personalizado.

Em Portugal, o projeto piloto de Telemedicina em Diálise Peritoneal teve início em 2016 nos Centros Hospitalares de Lisboa Norte e Lisboa Ocidental, e Centro Hospitalar São João, no Porto. Atualmente, são mais de 100 os doentes a beneficiar desta tecnologia inovadora e o projeto estende-se já a sete hospitais do país.

A gestão da insuficiência renal crónica requer um acompanhamento constante por parte dos profissionais de saúde, consultas regulares e deslocações frequentes do doente ao hospital, com encargos elevados a nível de tempo, comodidade, disponibilidade e custos. A Telemedicina em Diálise Peritoneal apresenta como vantagens a possibilidade de redução destes encargos. O acesso rápido aos dados específicos do tratamento de diálise dos doentes permite uma gestão mais proativa por parte dos profissionais de saúde, bem como uma monitorização mais próxima e frequente do tratamento e uma maior disponibilidade para o suporte adequado. O sistema permite ainda uma deteção mais rápida de problemas associados ao tratamento, e também um menor número de visitas não planeadas ao hospital.

Para Filipe Paias, Diretor Geral da Baxter Portugal, “o nosso propósito é melhorar a qualidade de vida dos doentes com insuficiência renal crónica e permitir que todos possam beneficiar da inovação terapêutica e tecnológica. A Telemedicina em Diálise veio alterar por completo o paradigma da prestação de cuidados de saúde a estes doentes, sem comprometer a sua segurança numa relação de total confiança e partilha com os profissionais de saúde”. E acrescenta: “Depois desta primeira experiência muito positiva nos três hospitais, mantemos o compromisso de sermos pioneiros no desenvolvimento de ferramentas cada vez mais tecnológicas, inovadoras e de qualidade que beneficiem tanto o doente como os profissionais de saúde, numa lógica de garantia de sustentabilidade do Sistema de Saúde”.

Em Portugal, os registos da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) indicam que por ano entram em falência renal cerca de 2.500 portugueses. Estima-se que estejam em Tratamento de Substituição da Função Renal cerca de 12 mil doentes, 25% com idade superior a 80 anos.

Os resultados do projeto piloto realizado indicam que existem potencialmente ganhos de eficiência dos cuidados prestados bem como uma melhoria da qualidade de vida dos doentes que realizam diálise peritoneal. Atualmente, o número de doentes a utilizar a Telemedicina é de cerca de seis no Hospital de Santa Cruz, cerca de 40 no Centro Hospitalar São João, no Porto, assim como no Hospital de Santa Maria, EPE, em Lisboa.

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