De acordo com um comunicado enviado pelo IST ao Boas Notícias, esta tecnologia constitui-se como uma alternativa à radiografia tradicional e vai aplicada em áreas como a medicina dentária ou a traumatologia e para o diagnóstico de doenças como o cancro.
A tecnologia em que o projeto se baseia já existe para a luz vísivel, denominada por imagem plenóptica, que consiste em usar um sensor especial de fotografia capaz de registar a imagem e a direção dos raios de luz, esclarece o IST.
Através do novo método, porém, depois do uso deste sensor, a informação é processada para reconstruir uma imagem em profundidade, passando de um pixel a duas dimensões para um elemento de volume, ou voxel, a três dimensões.
“Esta nova tecnologia permitirá realizar imagens com menor dose[de raios-x], contrariamente às tecnologias utilizadas atualmente, que pelo risco associado à radiação ionizante, são reservadas aos casos mais graves”, explica Marta Fajardo, coordenadora do projeto e investigadora do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST.
A equipa que vai desenvolver o projeto VOXEL inclui especialistas neste tipo de sensores, líderes da comunidade de raios-x, especialistas em metrologia e tomografia, bem como especialistas numéricos em reconstrução de imagem tridimensionais, aliando profissionais de seis centros de investigação europeus e uma empresa de alto valor acrescentado.
O consórcio em que participa o instituto nacional vai receber um financiamento de 3,99 milhões de euros, dos quais 760.000 vão ser entregues a portugal Portugal para serem usados durante os próximos quatro anos.
O dinheiro foi conseguido através dos projetos FET (sigla em inglês para Tecnologias Emergentes e Futuras) do programa Horizonte 2020, que tem como objetivo premiar o pensamento visionário, abrindo novas possibilidades tecnológicas com soluções radicalmente inovadoras. Nesta edição do concurso, concorreram cerca de 643 projetos, dos quais 26 foram selecionados.