A tartaruga marinha encontrada ferida na Nazaré no início de Abril foi, esta terça-feira, devolvida ao mar, depois de ter sido reabilitada
A tartaruga marinha encontrada ferida na Nazaré no início de Abril foi, esta terça-feira, devolvida ao mar. O animal, da espécie Dermochelys coriacea, foi reabilitado no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (CramQ) e regressou agora ao seu habitat natural.
De acordo com uma nota publicada pelo CramQ, a tartaruga Raimunda, como foi batizada, foi recolhida por um pescador que a rebocou para o porto de pesca, apresentando, quando chegou ao Centro, vários ferimentos e encontrando-se muito debilitada.
Depois de ter sido encontrada, a tartaruga-de-couro foi submetida a diversas análises e “ao longo do seu internamento no CramQ, foi medicada e alimentada para ser possível devolvê-la à natureza o mais rapidamente possível”.
Passados dez dias, totalmente recuperada, Raimunda foi transportada para o porto de pesca da Figueira da Foz na traineira “Gaivota do Mondego”, que a devolveu ao mar após regressar de uma noite de safra.
Para ser possível continuar a acompanhar a evolução do estado de saúde do animal, “a tartaruga foi marcada com microchip e brincos de identificação”, acrescenta o CramQ, o único centro de reabilitação de fauna marinha existente no Centro de Portugal. A reabilitação da tartaruga contou também com o apoio dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz, Macodal e cooperativa Centro Litoral OP.
Ainda segundo a nota do CramQ, esta espécie de tartaruga encontra-se protegida por lei e está classificada como “criticamente em perigo” pela União Internacional para a Conservação da Natureza, bem como na Directiva Habitats devido à redução da sua população.
O CramQ mantém nas suas instalações vários outros animais em reabilitação, estando já programadas mais devoluções à Natureza. Este ano, já foram devolvidas ao seu habitat diversas aves marinhas.