O aparelho mais pequeno do que um telemóvel é capaz de detetar a presença de nicotina no ambiente e em diferentes tipos de materiais e informar o utilizador sobre os níveis de exposição ao fumo passivo.
Investigadores norte-americanos criaram um dispositivo que deteta a presença e concentração de nicotina, alertando o utilizador para os níveis de exposição com que se depara. O aparelho, mais pequeno do que um telemóvel, é capaz de detetar a substância em diferentes tipos de materiais e registar a quantidade de cigarros fumados num determinado espaço.
O mecanismo desenvolvido pela Universidade de Darthmouth, nos Estados Unidos da América, pretende garantir a segurança dos potenciais fumadores passivos, fazendo-os saber qual o risco de exposição em que se encontram. Para além da funcionalidade de alerta, o dispositivo pode revelar também a quantidade de cigarros que foram fumados num mesmo local.
“O dispositivo desenvolvido consegue detetar com fidelidade o fumo passivo em tempo real através da absorção do vapor da nicotina no ambiente”, explica o estudo publicado no início deste ano na revista científica norte-americana Nicotine and Tobacco Research.
O aparelho foi testado numa câmara de fumo controlada por microprocessadores, utilizando como referência padrão para esta investigação o fumo passivo vindo dos cigarros. Para a deteção foram fumados dez cigarros em simultâneo dentro do mesmo espaço, sendo que o dispositivo conseguiu detetar a existência de partículas suspensas de monóxido de carbono e de nicotina.
Os autores do estudo salientam que ficou reconhecido no ano de 2006 que “não existem níveis seguros de exposição ao fumo passivo”. A inexistência de “um aparelho de monitorização pessoal que apresente, em tempo real, os dados sobre a exposição” levou a que os cientistas levassem a cabo esta investigação.
Os cientistas continuam a trabalhar nesta investigação e esperam conseguir reforçar as leis que restringem o consumo de tabaco em ambientes fechados, ao mesmo tempo que sensibilizam os fumadores para os riscos do consumo junto de crianças e de outras pessoas não-fumadoras.
Clique AQUI para aceder ao estudo publicado na revista Nicotine and Tobacco Research (em inglês).
[Notícia sugerida por Elsa Martins e Maria Manuela Mendes]