O sistema criado por António Abreu, aluno de doutoramento em Sistemas de Energia Sustentável que integra o Programa MIT Portugal, garante uma vida mais longa dos dispositivos implantados no corpo humano, como é o caso do pacemaker ou dos desfibrilhadores.
Para além de recarregar as baterias, o sistema “permite definir um consumo de energia personalizado”. O estudante português explica no site oficial do MIT Portugal que o “fluxo de energia pode ser regulado e adaptado de acordo com as necessidades do dispositivo eletrónico e da patologia do paciente”.
“Garante-se simultaneamente o fornecimento de energia a um canal de comunicação com o operador no exterior para efeitos de diagnóstico e reprogramação do implante. Nestas circunstâncias, não haverá demanda de energia a partir da bateria interna”, acrescenta.
O aparelho desenvolvido pelo português permite reduzir o recurso à cirurgia de substituição de baterias que se realiza em cada cinco ou sete anos. Esta invenção vem ajudar os doentes que estão dependentes de aparelhos eletrónicos para executar as suas funções básicas diárias e manter a sua qualidade de vida.
Com o desenvolvimento deste projeto, foram encontradas novas potencialidades que permitem integrar o aparelho em dispositivos como desfibriladores, corações elétricos artificias, bombas de insulina ou outro tipo de próteses internas.
O projeto de investigação português foi galardoado em 2009 com a menção honrosa do Prémio Engenheiro Jaime Filipe, que distingue projetos inovadores dedicados à produção de desfibrilhadores implantáveis recarregáveis.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes