São inauguradas, esta quarta-feira, em Leiria, as primeiras "Academias Siemens" do mundo, que ambicionam formar, por ano, naquela cidade portuguesa, 1.200 alunos do Instituto Politécnico local.
São inauguradas, esta quarta-feira, em Leiria, as primeiras “Academias Siemens” do mundo. As academias estão instaladas na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e ambicionam formar, por ano, naquela cidade portuguesa, 1.200 alunos nas áreas da automação e do software industrial.
Através de uma nota de imprensa, António Mira, diretor da área da Indústria da gigante alemã Siemens em Portugal, explica que a aposta da empresa em Leiria surge da “utilização do software” e dos equipamentos na indústria “da região, que tem uma ligação muito forte aos moldes, plásticos e vidro” e que o investimento da Siemens nas academias portuguesas vai ser “continuado”, embora não refira o montante.
Segundo o responsável, a Siemens irá apoiar “na colocação de licenças de software e de equipamento no IPL”, assegurando também “apoio técnico e facilitação de estágios curriculares na empresa, em Portugal e no estrangeiro, aos estudantes com os melhores trabalhos realizados com recurso ao software e equipamento” das duas academias.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Nuno Mangas, revelou que as academias estão vocacionadas para o software industrial PLM (Product Lifecycle Management, ou seja, gestão do ciclo de vida dos produtos) e destinam-se a alunos dos departamentos de Engenharia Mecânica e Engenharia Eletrotécnica.
Os estudantes que ingressarem nas academias receberão formação ao longo dos vários anos do curso, com a complexidade a aumentar de ano para ano. Segundo Nuno Mangas, as academias, “equipadas com dois laboratórios com software de ponta”, vão estar “a funcionar em pleno no próximo ano letivo” e constituem-se como uma forma de “aproximar o sistema de ensino e formação à realidade empresarial”.
O dirigente do IPL realça que o objetivo destas novas academias de formação “é que os estudantes tenham uma formação prática de grande aplicabilidade, em particular na indústria da região”, ligada “aos moldes e aos plásticos”, estando patente a intenção de promover uma ligação entre a instituição de ensino leiriense e “as empresas” da zona.
O projeto, que é uma parceria entre Siemens, IPL e a empresa Cadflow, tem também associadas a Nerlei (Associação Empresarial da Região de Leiria) e a Cefamol (Associação Nacional da Indústria de Moldes), com vista a “dar um sinal de que este tipo de academias vai contribuir para uma maior empregabilidade dos alunos e para ligar as empresas às academias”.
Para além da formação, o IPL pretende também utilizar as academias como um suporte “para projetos de investigação aplicada para o tecido empresarial”, concluiu Nuno Mangas.