O Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, acaba de ser reconhecido pela Unicef como um “Hospital Amigo dos bebés”. A formação dos profissionais de saúde sobre o aleitamento materno e o apoio às mães na amamentação são alguns dos serviços da maternidade do hospital que permitiram alcançar esta certificação internacional. A informação é avançada pelo jornal O Setubalense.
Para adquirir a certificação da Unicef, as maternidades (quer funcionem dentro ou fora de hospitais) têm de dar total apoio e fornecer informação esclarecedora, prestada por profissionais, sobre a amamentação materna.
A Unicef, em conjunto com a Organização Mundial de Saúde, definiu dez passos que as maternidades devem dar para garantir que este apoio é fornecido. Por outro lado, a Unicef proíbe que se usem substitutos de leite de fraca qualidade assim como biberões desadequados.
Em Portugal, o primeiro hospital a receber a certificação foi o Hospital Garcia de Orta, em 2005. Neste momento já há onze hospitais nacionais certificados como Hospitais Amigos dos Bebés. Este ano, foi a vez do Hospital de S. Bernardo ser certificado com essa distinção.
Benvinda Bento, enfermeira-chefe do Hospital de S. Bernardo, explicou ao jornal O Setubalense que o hospital começou a preparar-se para obter a distinção em 2007. O processo demorou algum tempo porque foi preciso encontrar formadores em aleitamento materno para garantir as exigências da Unicef.
Neste momento, o hospital está preparado para dar formação sobre aleitamento tanto aos profissionais como às mães da maternidade. Nestas ações, as jovens mães podem esclarecer todas as dúvidas, desmistificar mitos e ainda saber que alimentação deve ser feita pela mãe enquanto está a amamentar, entre outras informações importantes.
Apesar do esforço das maternidades nacionais, a enfermeira alerta que ainda não foi possível atingir “taxas de aleitamento materno a nível nacional que satisfaçam o proposto no plano nacional de saúde 2004/2010”, ou seja, aos seis meses, cinquenta por cento dos bebés ainda serem alimentados exclusivamente com leite materno. “De qualquer das formas temos conseguido uma melhoria muito grande”, concluiu a profissional citada pelo jornal.
[Notícia sugerida por Isabel Machado]