Ambiente

Serra do Buçaco vai ganhar 24 mil novas árvores

Durante os próximos três anos, a Fundação Luso e a Quercus vão plantar 24 mil árvores em 24 hectares da Serra do Buçaco, no concelho da Mealhada, onde se situa a zona de recarga do aquífero mineral da Água de Luso.
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Durante os próximos três anos, a Fundação Luso e a Quercus vão plantar 24 mil árvores em 24 hectares da Serra do Buçaco, no concelho da Mealhada, onde se situa a zona de recarga do aquífero mineral da Água de Luso.
 
A notícia foi avançada à agência Lusa pela direção executiva da Fundação, Noémia Calado, que revelou que a ação resulta de um protocolo assinado em Dezembro entre a entidade que representa e a Quercus prevendo o tratamento de oito hectares de floresta por ano, que proporcionará a plantação de 24 mil árvores em 24 hectares.
 
Segundo Paulo Lucas, da Quercus, também ouvido pela Lusa, a iniciativa tem como objetivo “proteger o aquífero que é utilizado pela Água de Luso” e, ao mesmo tempo, tentar recompor a floresta com vista a “garantir a sustentabilidade” do património hídrico. 
 
Com o desaparecimento do pinhal da serra, devido a “uma praga que atacou os pinheiros um pouco por todo o país”, a zona foi “invadida por outras espécies, principalmente acácias”, que “infestaram” a Serra do Buçaco de “forma descontrolada”, notou o responsável. 

Tornar a floresta mais resistente a incêndios
 
No local serão agora plantadas “cerca de 14 espécies de árvores e arbustos, como o azevinho, o carvalho, o medronheiro ou o loureiro”, que constituem “plantas da flora original” e irão permitir que a Serra do Buçaco tenha “uma floresta autóctone”, sublinhou Paulo Lucas, frisando que “as árvores são fundamentais para a manutenção da qualidade do aquífero”. 

Além disso, a floresta da Serra do Buçaco “é importante para retardar a propagação de fogos”, considerou o representante da Quercus, que acredita que a plantação de árvores naturais daquela zona poderá fazer com que se tenha “uma floresta mais resistente a incêndios”.
 

Paulo Lucas admitiu, ainda assim, que se trata de um trabalho “muito difícil”, já que “as acácias não são fáceis de dominar” e defendeu que é necessário “investir mais no futuro”, sendo este apenas um “pequeno contributo” numa zona florestal que conta com um total de 968 hectares.
 
A iniciativa arrancou na manhã da passada sexta-feira com a plantação de mil árvores num desses hectares. A ação contou com a colaboração de 30 voluntários da empresa Água de Luso, da Junta de Freguesia do Luso, de responsáveis da Quercus e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
 

Notícia sugerida por Vítor Fernandes

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