Uma seringa a laser, sem agulha, que está a ser desenvolvida na Universidade de Coimbra, deverá chegar ao mercado dentro de apenas um ano. O anúncio foi feito esta semana por Carlos Serpa, um dos investigadores envolvidos.
Uma seringa a laser, sem agulha, que está a ser desenvolvida na Universidade de Coimbra (UC), deverá chegar ao mercado dentro de apenas um ano. O anúncio foi feito esta semana por Carlos Serpa, um dos investigadores envolvidos, durante a apresentação do protótipo da Laserleap, projeto que nasceu em 2008.
Criada por um grupo de três investigadores do Departamento de Química daquela instituição de ensino universitário – Carlos Serpa, Luís Arnaut e Gonçalo Sá – a seringa permite a administração rápida e eficaz de fármacos através da pele, sem utilização de agulha, o que a torna indolor e de baixo custo.
Como o Boas Notícias adiantou no início deste ano, quando a LaserLeap venceu um dos maiores encontros científicos do mundo na área da fotónica, o Photonics West 2012, esta seringa inovadora tem múltiplas aplicações.
Entre as potenciais aplicações estão, por exemplo, o tratamento do cancro da pele e de determinadas doenças dermatológicas, a administração de vacinas e a utilização na área da cosmética.
Até agora, o sistema já foi testado em três dezenas de estudantes do Departamento de Química, e, de uma maneira geral, “não provoca dor nem vermelhidão”. A vermelhidão foi observada em “apenas cinco por cento dos casos, mas passa rapidamente”, sendo o dispositivo considerado “seguro para os humanos”.
A Laserleap já deu origem à criação de uma empresa, a LaserLeap Tecnologies, criada em Setembro de 2011 e atualmente incubada no Instituto Pedro Nunes.
Além disso, a invenção portuguesa venceu também a primeira edição do prémio espanhol RedEmprendia, no valor de 200 mil euros, e a equipa que a desenvolveu fez também um pedido de patente internacional.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta, Sofia Baptista, Maria Manuela Mendes, Patrícia Guedes e José Moreira]