[A crónica de Tânia Ribas de Oliveira está de regresso na próxima segunda-feira, dia 31 de maio]
Boas!
Antes de escrever o que quer que seja, quero deixar claro um ponto: sou sportinguista. Fiz 25 a
[A crónica de Tânia Ribas de Oliveira está de regresso na próxima segunda-feira, dia 31 de maio]Boas!
Antes de escrever o que quer que seja, quero deixar claro um ponto: sou sportinguista. Fiz 25 a
Boas!
Antes de escrever o que quer que seja, quero deixar claro um ponto: sou sportinguista. Fiz 25 anos de ginástica no Sporting com muitos saraus, duas Sportinguíadas, quatro Gymnaestradas. Apoio o meu clube em todas as modalidades, vou ao estádio de vez em quando e sei de cor alguns cânticos das claques. Estamos, portanto, entendidos quanto à minha cor clubística.
Sendo sportinguista, e sabendo que o meu clube esteve sempre longe de ganhar este campeonato, sou honesta: fico feliz com e pelo Benfica. Num país sem grandes motivos para sorrir, a verdade é que hoje há quase 6 milhões de portugueses felizes. Só por isso, já vale a pena aplaudir um clube que não é o meu.
O futebol, enquanto fenónemo de massas, é isto mesmo (ou deveria ser): um enorme aplauso perante um espectáculo que reúne a atenção de milhões de pessoas. Quando se fala de “fair play”, não se discute se é ou não correcto chamar nomes ao árbitro, aos jogadores, às bandeiras ou aos treinadores – enquanto seres evoluídos, partimos todos do princípio que tudo isso é errado. “Fair play” deve ser entendido como uma atitude.. e se os jogadores, por estarem dentro de um jogo com regras e cabeça quente não se respeitam, os adeptos não têm desculpa. O futebol é apenas isto: vinte pessoas atrás de uma bola (porque as duas que faltam estão agarradas à baliza), e a beleza está nessa simplicidade. E nas paixóes que daí advêm.
Portugal tem mais de dez milhões de habitantes e o Benfica tem quase seis milhões de adeptos. Não sendo o clube do meu coração, é a paixão maior de muitos corações iguais ao meu. Corações que, ao contrário do meu, têm mais preocupações e tristezas do que satisfações e alegrias. Corações que não batem satisfeitos: batem descompassados, preocupados, desiludidos, angustiados. Corações com coraçõezinhos pegados, sem muita esperança e pouco trabalho. Este é o país em que se transformou Portugal. O país que queremos transformar, que queremos reerguer. O país cuja metade da população apoia o Benfica e que hoje está Feliz.
Parabéns ao futebol por ter esta varinha mágica – o condão único de fazer esquecer o mundo em virtude do orgulho por um clube que se ama. De coração. E, no fim de contas, o importante é ter o coração cheio de motivos para sorrir e continuar a amar. E o resto… o resto é o mundo real, que espera por nós na mesma no dia seguinte. Com ou sem Benfica. Neste caso, com.
Um sorriso rasgado para todos e boa semana!
Tânia