Residências, equipas de apoio domiciliário e unidades sócio-ocupacionais para doentes mentais graves vão arrancar em todo o país em experiências piloto inseridas nos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, avançou o coordenador do projeto es
Residências, equipas de apoio domiciliário e unidades sócio-ocupacionais para doentes mentais graves vão arrancar em todo o país em experiências piloto inseridas nos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, avançou o coordenador do projeto este domingo, Dia Mundial da Saúde Mental. A integração na sociedade das pessoas com doença mental grave é o principal objetivo da Rede de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental. Isso será feito através de unidades residenciais, unidades sócio-ocupacionais e equipas de apoio domiciliário que se articulam com os serviços locais de saúde mental.
Uma das prioridades é evitar internamentos para toda a vida. O arranque deste projeto vai ser marcador por uma medida anunciada há anos: o encerramento do hospital psiquiátrico mais antigo do país, o Miguel Bombarda (Lisboa), que acontecerá até ao fim deste ano após a transferência para residências dos 44 doentes que aí ainda permanecem internados.
No futuro, o objetivo é manter abertos apenas três hospitais psiquiátricos: o Júlio de Matos ( Lisboa), o Magalhães Lemos (Porto) e o Sobral Cid (Centro). No prazo de “cinco a sete anos, pretende-se ter cerca de quatro mil pessoas em residências de vários tipos”, afirma Álvaro Carvalho citado pelo jornal Público.
Protocolos incluem respostas para crianças e adolescentes
Os protocolos de implementação das primeiras experiências-piloto vão ser assinados na segunda-feira numa sessão de comemoração do Dia Mundial de Saúde Mental, e incluem soluções para crianças e adolescentes.
Em declarações ao Público, Álvaro Carvalho sublinhou a importância de haver respostas especificas para crianças e adolescentes com problemas de saúde mental.
Assim, estão previstas dois tipos de unidades para esta população: comunidades terapêuticas dirigidas às que têm alterações de comportamento e que normalmente são encaminhados para colégios ligados à área da justiça; e unidades de apoio máximo para as que sofrem de doença psiquiátrica grave, nomeadamente problemas psicóticos.
Unidades de norte a sul
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, avançam várias unidades residenciais: uma para treino de autonomia, uma autónoma, três de apoio máximo e uma de apoio moderado para adultos. E a região Centro fica com duas unidades sócio-ocupacionais.
Para crianças e adolescentes haverá uma residência de treino de autonomia na Casa de Saúde da Idanha e uma unidade sócio-ocupacional.
No Norte avança uma equipa de apoio domiciliário em Braga, uma unidade sócio-ocupacional em Matosinhos e duas residências autónomas em Barcelos.
O Alentejo conta com uma equipa de apoio domiciliário para adultos e outra para crianças e adolescentes, em Beja. Enquanto no Algarve avança uma residência de apoio máximo, em Almancil.