Esta verba tem como objetivo responder às novas responsabilidades da instituição com a gestão de 33 equipamentos, como creches, lares de idosos e centros de apoio a deficientes, que foram transferidos, no mês de Maio, da Segurança Social para a SCML. A transferência dos serviços é temporária mas pode passar a definitiva.
Neste momento a SCML tem como preocupação imediata a possibilidade de prolongamento da crise. Em declarações ao jornal Expresso, Isabel Farrajota, porta-voz da instituição disse que a “reafetação de verbas” é um “ato preventivo” da SMCL de forma a responder a eventualidades.
“Se há necessidade evidente, acolhemos de imediato. Por questões humanitárias ninguém fica excluído”, disse Isabel Farrajota. O utente médio da Santa Casa encontra-se três a quatro vezes abaixo do limiar da pobreza, e por isso não é afetado pela conjunturas económicas, quer sejam elas de expansão ou de retração, mantendo-se sempre no mesmo nível.
Em 2010 a SCML destinou oito milhões de euros para apoiar 900 pessoas em lares de idosos externos à instituição. “Não tenho dúvidas de que a vida em Lisboa piorava e haveria mais conflitos sociais se a Santa Casa não existisse”, adiantou a porta-voz da instituição.