O "motard" Ruben Faria tornou-se o melhor português de sempre depois de ter terminado o Dakar, principal prova mundial de todo-o-terreno, em segundo lugar.
O “motard” Ruben Faria tornou-se o melhor português de sempre depois de ter terminado o Dakar, principal prova mundial de todo-o-terreno, em segundo lugar. Para o jovem motociclista, o resultado obtido na competição é “mais do que um sonho”.
“Comecei o Dakar, tal como desde 2010, a tentar ajudar ao máximo o Cyril Despres [colega de equipa] a vencer, neste caso a sua quinta vitória, e esse era o meu principal objetivo”, contou Ruben Faria em declarações à Lusa.
“Esse objetivo foi cumprido na totalidade, penso que fiz um bom trabalho, a equipa está satisfeita comigo. À parte disso, fiz o segundo lugar na prova, o que para mim é mais do que um sonho”, confessou o segundo classificado do Dakar, que, assim, melhorou o terceiro lugar conquistado pelo também português Hélder Rodrigues nos dois últimos anos.
Ruben Faria terminou a prova a 10.43 minutos do francês, o seu chefe de fila na KTM, que se sagrou pentacampeão após o final da 14ª e última etapa do rali. “Ele [Cyril Despres] acabou, ganhou a quinta vez e depois ficou na meta, ansioso, à minha espera”, recordou o “motard”.
Ruben Faria deu os parabéns aos colegas portugueses
“Ele já me ensinou muito e sente prazer nisso, em ensinar-me, e em que eu consiga por em prática os seus ensinamentos. Cumpri o meu objetivo com ele e cumpri o meu objetivo pessoal”, realçou Ruben Faria.
Para já, os objetivos do “motard” são “desfrutar desta terceira vitória do Cyril” e “desfrutar do segundo lugar, que culminou com 15 dias de trabalho” no Dakar “e seis meses de trabalho em Portugal. “Vou saborear este resultado com a família, certamente irei de férias e então vou pensar no que será melhor para mim”, antecipou.
Ruben Faria aproveitou ainda para destacar o desempenho dos colegas portugueses na competição, defendendo que “todos os portugueses estão de parabéns”.
“O Hélder, o Paulo Gonçalves e eu ficámos dentro dos dez primeiros nas motas, o Carlos Sousa nos dez primeiros nos carros, o Mário Patrão e o Bianchi Prata acabaram, o Paulo Fiúza venceu uma etapa como navegador, o Miguel Ramalho esteve ao mais alto nível e o piloto do Filipe Palmeiro teve um acidente, mas esteve aqui até ao final e é um amigo”, concluiu.