Os alunos do Mestrado em Design do Royal College of Art, em Inglaterra, podem, a partir de agora, frequentar um módulo dedicado à cortiça. Tal tornou-se possível graças a uma parceria entre a prestigiada instituição de ensino e a Corticeira Amorim.
Os alunos do Mestrado em Design do Royal College of Art, em Inglaterra, podem, a partir de agora, frequentar um módulo dedicado à cortiça. O estudo e utilização deste material, tradicionalmente português, no desenvolvimento de projetos de design e arquitetura tornou-se possível graças a uma parceria estabelecida entre aquela prestigiada instituição de ensino e a Corticeira Amorim.
Em comunicado, a empresa nacional explica que esta parceria é “a mais recente de uma série de associações com instituições de referência internacional”, parte de uma “estratégia concertada” que pretende tornar a cortiça um material privilegiado entre as escolhas de designers e arquitetos a nível internacional.
Para Carlos de Jesus, diretor de comunicação e marketing da Corticeira Amorim, visto que “o Royal College of Art leciona um curso de design altamente reconhecido” em todo o mundo, “esta colaboração é uma oportunidade de colocar uma comunidade de estudantes tão competente e promissora em contacto com a cortiça, descobrindo as suas propriedades e virtualidades técnicas”.
No âmbito do Mestrado em Design da escola britânica, os estudantes poderão saber mais sobre a temática da cortiça e do Montado, sendo incentivados a explorar os materiais através dos processos e a desenvolver conceitos com um objetivo claro de produção.
“A parceria com a Corticeira Amorim possibilitou que embarcássemos num desafiante e estimulante período de investigação, que culminou na utilização de um material fantástico para o design de produto”, consideram Harry Richardson e Max Lamb, docentes do Royal College of Art que coordenam este módulo.
“Em muitos sentidos, a cortiça é o ponto de partida perfeito para pensar os produtos do futuro. Carateriza-a um tão vasto leque de propriedades que, sendo desejáveis, permitem infindáveis soluções criativas”, acrescentam.
Os professores congratulam-se ainda com o facto de “a maioria das ideias e produtos resultantes desta investigação” não serem “apenas inovadores e integradores das propriedades singulares da cortiça na sua funcionalidade”, testemunhando “também uma visão de produção sustentável”. “E isso é realmente entusiasmante”, garantem.
Alunos estão já a conceber produtos em cortiça
Sob o mote “I am 7 billion”, os alunos deste módulo estão a ser “desafiados a conceber um produto ou aplicação com cortiça que seja útil, relevante, de estética apurada, passível de se produzir em massa e de ser comercializado em qualquer parte do mundo”.
A inclusão do módulo dedicado à cortiça representa a primeira etapa do projeto desenvolvido com o Royal College of Art. Dois meses depois do início do projeto, foram já apresentados os primeiros protótipos, que, segundo a Corticeira Amorim, “evidenciam o elevado nível teórico e técnico dos alunos e o seu entusiasmo relativamente à cortiça”.
A propósito dos primeiros resultados, Carlos de Jesus destaca “uma abordagem diferenciadora da utilização da cortiça, que apresentou soluções interessantes para indústrias tão variadas como a automóvel e a aquacultura, a construção e o design de interiores”.
Paralelamente ao trabalho desenvolvido com o Royal College of Art, a Corticeira Amorim tem vindo a desenvolver uma série de parcerias e iniciativas para elevar o perfil da cortiça no mundo, como o envolvimento com o Serpentine Gallery Pavilion, liderado por Herzog & de Meuron e Ai Weiwei, e com instituições como o Domaine de Boisbuchet (França), a Middlesex University (Reino Unido) e a Rhode Island School of Design (EUA).