Saúde

“Revolução” portuguesa para tratar cancro da próstata

Uma investigação levada a cabo na Universidade de Coimbra e que conquistou uma bolsa de oito mil euros poderá "revolucionar o tratamento do cancro da próstata", tornando mais eficaz a forma como a doença é combatida atualmente.
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Uma investigação levada a cabo na Universidade de Coimbra e que conquistou uma bolsa de oito mil euros poderá “revolucionar o tratamento do cancro da próstata”, tornando mais eficaz a forma como a doença é combatida atualmente.
 
Em declarações à Lusa, o urologista Ricardo Leão explica que a bolsa em causa se destina a apoiar o estudo “do efeito das terapêuticas usadas no carcinoma da próstata na subpopulação de células estaminais cancerígenas da próstata”, desenvolvido por uma equipa de especialistas no âmbito do seu doutoramento.
 
Segundo o especialista, apesar de já existirem tratamentos eficientes para as células estaminais cancerígenas da próstata”, continuam a existir casos “em que a doença progride, mesmo quando as terapêuticas demonstram eficácia inicial”.
 
Esta resistência aos tratamentos, que “origina a recorrência e a progressão da doença oncológica”, dever-se-à, “principalmente”, na crença de Ricardo Leão, “às células estaminais cancerígenas”. 

“Novas oportunidades terapêuticas” para tratar doença
 
De acordo com o urologista, a bolsa vai, então, permitir a avaliação do efeito de “determinados tratamentos” sobre aquelas células 'in vitro', de forma a analisar a sua resposta celular e molecular para compreender “os mecanismos de resistência” a terapêuticas específicas que ainda permanecem desconhecidos.
 
Ou seja, na prática, será possível “saber se estamos ou não a erradicar todas as células que constituem o tumor, e, deste modo, perspetivar o efeito das terapêuticas”, esclarece Ricardo Leão. 
 
“Esperamos que os nossos resultados possam sugerir novas oportunidades terapêuticas no tratamento do carcinoma da próstata e mudar o modo como esta doença é tratada hoje em dia”, conclui.
 
A bolsa de investigação conquistada pela equipa do urologia português é atribuída pela Sociedade Portuguesa de Urologia e pela Astellas, privilegiando “a ciência translacional” e os trabalhos que refletem “o uso da investigação laboratorial e básica na resposta direta às necessidades clínicas e práticas terapêuticas”.
 
O cancro da próstata é a doença oncológica que mais afeta o sexo masculino constituindo, entre os homens, a segunda principal causa de morte por cancro.

[Notícia sugerida por Raquel Baêta]

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