por redação
Se pudéssemos eliminar problemas psicológicos como a depressão ou a ansiedade, a infelicidade do mundo seria reduzida, automaticamente, em 20%, sendo que eliminando a pobreza, apenas 5% da infelicidade mundial seria eliminada, dizem os autores do estudo realizado pela London School of Economics em parceria com a Organização para a Cooperação e para o Desenvolvimento Económico (OCDE).
Os resultados do estudo “A origem da felicidade” foram apresentados em dezembro, em Londres, na conferência intitulada “Bem-estar ao longo da vida” que contou com a presença de especialistas do mundo inteiro.
Para determinar as condições que conduzem a uma vida feliz, a equipa liderada pelo especialista Richard Layard analisou 200 mil pessoas de quatro países: Austrália, EUA, Grã-Bretanha e Alemanha.
Os dados dos inquéritos relevaram que a desigualdade financeira explica apenas 1% da infelicidade dos cidadãos. Já a saúde emocional das crianças, revelou-se como o fator mais determinante para dar origem a uma vida adulta feliz, mais ainda do que a educação.
Diz a equipa deste estudo, que é por este motivo que, nas últimas quatro décadas, a felicidade média dos cidadãos daqueles países não aumentou, embora a qualidade de vida tenha melhorado. Assim, Richard Layard considera que “é tão importante o Estado prevenir problemas como violência doméstica, alcoolismo, depressões e ansiedade” como “combater o desemprego e a pobreza”.
Contudo, a desigualdade económica tem sido apontada em vários estudos, como é o caso das investigações realizadas pelo britânico Richard Wilkinson, como uma das principais causas de problemas mentais, dependência de substâncias e de violência. Ou seja, talvez seja difícil combater as doenças mentais e promover relações humanas felizes sem eliminar a desigualdade social e económica.