por redação
2016 foi mesmo o melhor ano de que há registo para as exportações de produtos cerâmicos e de cristalaria. O valor das exportações na cerâmica ascendeu a 701 milhões de euros, o mais elevado de sempre. A cristalaria não fica atrás. Neste setor, as exportações nacionais cresceram 12,3% e alcançaram também o seu máximo histórico, movimentando 82 milhões de euros.
Após a crise económica mundial de 2008-2009, as exportações portuguesas de cerâmica conseguiram crescer de uma forma sustentada. Só em 2016 ultrapassaram os 701 milhões de euros, o que corresponde ao valor mais elevado de sempre, representando uma variação de 6,3% face a 2015 (indicador compara com a média de 0,9% obtida para o conjunto das exportações nacionais de bens).
O bom desempenho das exportações de cerâmica refletiu-se também na sua contribuição para a balança comercial portuguesa. Em 2016 cifrou-se nos 573 milhões de euros e a taxa de cobertura das importações pelas exportações ascendeu a 547% (de referir que a taxa de cobertura média para o conjunto de bens foi de 82,4%). Este foi o terceiro melhor desempenho em termos globais (a seguir aos minérios e às pastas de madeira) e ainda o sétimo melhor desempenho em termos do saldo de comércio internacional.
França é o principal mercado de destino, seguindo-se Espanha, Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.
No que concerne a exportações nacionais de objetos de vidro para serviço de mesa e cozinha (cristalaria), 2016 atingiu também máximos históricos dignos de registo. Entre 2014 e 2016, as exportações de cristalaria cresceram 20,6%, fixando-se nos 82 milhões de euros (registou uma variação de 12,3% face a 2015). Este é o valor mais elevado de que há registo.
O saldo da balança comercial de cristalaria foi de 40 milhões de euros. Já a taxa de cobertura das importações pelas exportações ascendeu a 196% (de referir que a média para o conjunto de bens é 82,4%).
“O design, a qualidade, a aposta na inovação são alguns dos atributos que têm pesado nestes valores francamente positivos para a Indústria Cerâmica e Cristalaria. E não obstante a grave crise económica que afetou o setor e a já famigerada concorrência desleal de países terceiros, em particular dos países asiáticos, não deixa de ser admirável este valor recorde das nossas exportações em 2016. Estes resultados são a prova da visão, do espírito de resiliência e empenho dos empresários do nosso setor, dos seus colaboradores e de todos os nossos associados”, reitera José Sequeira, presidente da APICER – Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e Cristalaria.