Este fim de semana a Terra vai ser novamente o observatório perfeito para a chuva de meteoritos que atravessará a atmosfera. A chuva anual de Orionidas vai poder ser vista durante a madrugada de sábado, 22 de Outubro. Pelo céu vão passar cerca de 15 meteoros por hora.
“Apesar de esta não ser a maior chuva de meteoros do ano, vale definitivamente a pena acordar para o ver”, diz Bill Cooke da NASA. O fenómeno resulta da passagem da Terra pelos detritos do Cometa Halley, o que acontece todos os anos em Outubro, atingindo o seu pico no dia 22.
O cometa Halley fez a sua última passagem pela Terra em 1986 e deixa na sua passagem pequenos fragmentos que, ao quando se aproximam da nossa atmosfera se incendeiam criando o espetáculo noturno.
Este ano a Lua e Marte vão fazer parte do espetáculo. Os dois corpos celestes vão formar, juntamente com Regulus, a estrela mais brilhante da constelação de Leão, um triângulo que será o local mais ativo da chuva de estrelas.
As Orionidas vão ser emolduradas por algumas das constelações mais brilhantes e bonitas do céu noturno. Os meteoros vão aparecer da constelação de Orion, passando depois por Touro, Gémeos, Leão e Ursa Maior.
Além de observar a passagem dos meteoros, a equipa de Cooke vai estar atenta ao impacto das Orionidas na Lua. Isto porque, ao contrário da Terra que tem uma atmosfera capaz de intersetar os meteoritos, o satélite não possui a mesma defesa. Em resultado os detritos atingem a superfície do astro e explodem, fenómeno que, em certas circunstâncias, pode ser avistado por telescópios na Terra.
“Desde que começamos o programa de monitorização em 2005, já registámos mais de 250 meteoros lunares”, diz Cooke no comunicado da NASA. “Algumas explosões ultrapassam o equivalente a centenas de quilos de dinamite”. Desde 2005 a equipa já conseguiu ver 15 Orionidas atingirem a Lua, duas em 2007, quatro em 2008 e nove em 2009.
Esta observação é importante para os especialistas aprenderam mais sobre a energia que estas partículas transportam, assim como para calcular os fatores de risco para os astronautas que, no futuro, andem sobre a Lua.
Esta vai ser uma boa oportunidade para apreciar o espetáculo – desde que o céu esteja sem nuvens – até porque, ao contrário da última chuva de estrelas que ocorreu no início deste mês, a lua está minguante e o seu brilho não vai ofuscar o céu.
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