A quota do bacalhau vai aumentar 20%, traduzindo-se na possibilidade de capturar, em média, 7.783 toneladas deste peixe. No carapau, o aumento é de 31%, equivalente a 5.319 toneladas e na pescada o acréscimo ficou nos 15%, perfazendo um total de 4.224 toneladas.
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião, Assunção Cristas, ministra com a tutela da pasta das pescas, disse que a negociação foi “dura” e “intensa”, mas destacou o resultado positivo para a pesca portuguesa.
“Conseguimos, pelo segundo ano consecutivo – e creio de não há memória que tenha acontecido alguma vez – ter um aumento nas nossas quotas”, acrescentou, citada pela Lusa, frisando que inicialmente “a Comissão Europeia propunha uma diminuição de 11%”.
Assunção Cristas ainda enfatizou que o aspeto mais positivo é o aumento na quota da captura do bacalhau, “um peixe que nos é muito caro”, sendo que, este acréscimo espelha o reconhecimento da UE das “pescas sustentáveis” praticadas em Portugal.
Embora, em termos gerais, Portugal tenha saído beneficiado destas negociações, as quotas de pesca da raia, lagostim e tamboril diminuíram, sendo a maior perda percentual a do tamboril, com uma queda de 25%.