Um projeto pioneiro do Laboratório de Expressão Facial (FEElab/UFP) da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade Fernando Pessoa (UFP), no Porto, vai estudar, a partir de Janeiro, a emoção da música portuguesa.
Um projeto pioneiro do Laboratório de Expressão Facial (FEElab/UFP) da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade Fernando Pessoa (UFP), no Porto, vai estudar, a partir de Janeiro, a emoção da música portuguesa.
De acordo com o portal Local.pt, que avança a notícia, este trabalho de investigação, denominado “EmoMúsica”, integra um projeto mais amplo, o “FACE”, lançado em 2009 por aquele laboratório, que vai permitir cartografar, ao nível neuropsicofisiológico, a expressão facial dos portugueses, com recurso a tecnologia de imagiologia.
Segundo Freitas-Magalhães, diretor do organismo, o projeto visa “mapear a emocionalidade nos diversos tipos de música portuguesa e qual a sua função no contexto da comunicação e das interações sociais”.
“A música é uma dimensão de interação humana, e de partilha de emoções, e identificar e reconhecer o conteúdo emocional que a impregna é, certamente, compreender a matriz portuguesa”, enfatizou o responsável durante a apresentação do projeto.
Entre as temáticas que vão ser analisadas estão, por exemplo, as raízes emocionais da evolução da música, a contribuição da música na produção das emoções, a emoção de interação e as reações do ouvinte à música ou a interpretação emocional da voz.
Os investigadores pretendem que os resultados sejam um contributo para a constituição de um banco de dados de expressão facial disponível para as mais diversas aplicações sociais como, por exemplo, na saúde, na justiça e na educação.
“No final de uma década de estudo da emoção dos portugueses, que terminará em 2019, será possível traçar um retrato emocional de Portugal”, concluiu o diretor do FEELab/UFP, que considera o “EmoMúsica” um “contributo indispensável” para o fazer.
O Laboratório de Expressão Facial da Emoção, fundado em 2003, é o único do género no nosso país, sendo que o “pioneirismo e inovação” do seu trabalho científico lhe tem valido distinções por parte de diversas entidades nacionais e internacionais.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]