Sociedade

Projeto fomenta cultivo de terrenos abandonados

Um engenheiro florestal português vai implementar, no concelho da Guarda, um projeto que visa a criação de uma bolsa de terrenos agrícolas e a gestão de campos abandonados com vista à promoção do seu cultivo.
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Um engenheiro florestal português vai implementar, no concelho da Guarda, um projeto que visa a criação de uma bolsa de terrenos agrícolas e a gestão de campos abandonados com vista à promoção do seu cultivo. Com o “Gesterra”, os desempregados e jovens poderão ver na agricultura “uma atividade sustentável e uma oportunidade de ultrapassar uma época de crise”.
 
Em declarações à agência Lusa, Ricardo Nabais, de 29 anos, mentor da ideia e também dirigente do núcleo da Guarda da Quercus, explicou que o projeto em causa será posto em prática na sequência de ter ganho o primeiro prémio de um concurso promovido pelo Projeto Guarda+Social.
 
De acordo com o engenheiro, muitos terrenos estão abandonados “por falta de pessoas interessadas” no seu cultivo, quando surgem alguns jovens casais que procuram “melhor qualidade de vida” no interior, mas não possuem terrenos para se fixarem.
 
“Percebe-se que, por um lado, há terrenos abandonados que precisam de ser cultivados, pessoas que os podem ceder, alugar ou vender e, por outro, pessoas que precisam e gostariam de ter um terreno que pudessem cultivar e que lhes proporcionasse alguma sustentabilidade”, sublinhou.
 
 O “Gesterra” surge, portanto, como um “elo de ligação entre os dois públicos distintos”. Tal ligação será efetuada por meio de duas bolsas – uma de terrenos e outra de interessados em cultivar – que serão disponibilizadas numa plataforma na Internet.

Através da “bolsa de terrenos” reúnem-se ofertas de terras, inscritas pelos seus proprietários, e quem procura áreas para cultivo só terá de inscrever-se na “bolsa de interessados”. 

Projeto poderá chegar a todo o país
 

Segundo Ricardo Nabais, o projeto vai articular “com base na localidade e espaço pretendido por cada interessado” o terreno que melhor corresponde às suas necessidades. “Iremos só fazer a ligação entre os proprietários e os interessados. Depois, as pessoas têm de se entender”, adiantou.
 
Numa fase seguinte, o criador do “Gesterra” admite que poderá vir a ser criada uma empresa ou cooperativa “para gerir os terrenos abandonados”, caso não surjam interessados no seu cultivo, estando também prevista a possibilidade de ser constituído um “agrupamento de produtores” para escoamento dos produtos agrícolas. 
 
O coordenador acredita no sucesso do plano, apesar de reconhecer que a grande dificuldade será “encontrar a maioria dos proprietários” e fazer com que estes arrendem ou emprestem os terrenos que estão ao abandono. 
 
O projeto, que vai arrancar na Guarda, poderá ser estendido a outros municípios da região e a todo o território nacional. 

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