Saúde

Processo celular poderá ser chave para evitar cancro

Um tipo de divisão celular humano descoberto, recentemente, por investigadores do Carbone Cancer Center da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, poderá ser a chave para evitar o desenvolvimento do cancro.
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Um tipo de divisão celular humano descoberto, recentemente, por investigadores do Carbone Cancer Center da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, poderá ser a chave para evitar o desenvolvimento do cancro.

De acordo com a equipa, o processo em causa serve como uma espécie de “back-up” natural durante as divisões celulares falhadas, impedindo que algumas células sigam pelo caminho errado, originando a doença.

 
“Se conseguirmos promover esta nova forma de divisão celular, que batizámos 'clerocinese', poderemos ser capazes de prevenir o desenvolvimento de certos tipos de cancro”, explica Mark Burkard, o coordenador principal da investigação, professor de hematologia e oncologia naquela universidade, em comunicado.
 
A descoberta foi apresentada por Burkard no passado mês de Dezembro durante o encontro anual da Sociedade Americana de Biologia Celular, em São Francisco. O achado aconteceu durante estudos realizados pelo especialista acerca do cancro da mama e do pâncreas, que fazem com que algumas células contenham demasiados cromossomas.
 
“O nosso objetivo era descobrir formas de desenvolver novos tratamentos para os cancros da mama com demasiados conjuntos de cromossomas”, revela Burkard. Porém, os investigadores acabaram, inesperadamente, por se deparar com o novo tipo de divisão celular. 
 
A equipa estava a tentar criar células com cromossomas em excesso para imitar o cancro e bloqueou o já conhecido processo de citocinese – em que se dá a divisão do citoplasma e da célula no seu todo – com recurso a um químico, esperando para ver o que aconteceria.
 
“Esperávamos obter várias células com conjuntos anormais de cromossomas”, aponta o professor. Porém, ao contrário do que pensavam, constataram que as células nascidas dessa experiência aparentavam ser, maioritariamente, células normais. Efetuaram, então, vários outros testes, e acabaram por observar um tipo de divisão celular que não conheciam.
 
“Tivemos dificuldade em convencer-nos do que estávamos a ver, porque este tipo de divisão celular não aparece em nenhum livro”, confessa Burkhard. Se conseguirmos empurrar as células em direção a este novo tipo de divisão poderemos ser capazes de manter as células no seu estado normal e baixar a incidência do cancro”, antevê.

Clique AQUI para aceder ao comunicado da universidade (em inglês). 

[Notícia sugerida por Ana Teles]

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