A estimativa mais otimista é a da Universidade Católica, que calcula que o PIB terá crescido 0,6% entre Abril e Junho de 2013, pondo fim a 10 trimestres consecutivos de contração económica.
No entanto, para o conjunto de 2013, o NECEP continua a antecipar uma queda de 2,4% do produto, estimando que o ritmo de contração da economia se mantenha, mas abrande em 2014, para os -0,4%.
O Montepio apresentou já este mês as suas previsões para o desempenho da economia entre Abril e Junho e antecipa um crescimento de 0,4% neste período.
O indicador do banco para o PIB sinaliza um acréscimo de 0,4%, revertendo a queda do primeiro trimestre de 2013, bem como a importância do consumo privado e do setor industrial para a inversão do comportamento do produto.
Também o Crédit Suisse estima que, no segundo trimestre deste ano, Portugal tenha interrompido o ciclo recessivo, antevendo que a economia tenha crescido 0,3%, em cadeia.
Num relatório divulgado na semana passada, o banco suíço diz esperar que “a zona euro saia da recessão no segundo trimestre [de 2013] com o PIB a subir 0,3% em cadeia, depois de uma queda de -0,3% no primeiro trimestre”.
“Os dados gregos e os portugueses mostram algumas melhorias. Em particular, esperamos que Portugal saia da recessão, apresentando um crescimento em cadeia de 0,3%”, lê-se no documento.
BBVA com estimativa menos positiva
No entanto, nem todas as estimativas apresentadas apontam neste sentido. O gabinete de estudos do banco espanhol BBVA, por exemplo, prevê que Portugal se tenha mantido em terreno negativo entre Abril e Junho.
Os economistas do banco calculam que o PIB português tenha caído entre 0,1% e 0,2% no segundo trimestre e mantêm as previsões para 2013, calculando que a recessão se mantenha mas que abrande, para os -2,3%, depois da contração de 3,3% registada em 2012.
A instituição refere ainda que “o único apoio” que a economia portuguesa vai ter para que o ritmo da recessão abrande é “a significativa contribuição positiva das exportações líquidas”, reconhecendo que isso vai compensar em certa medida a contração da procura interna.