Esta distinção foi atribuída apenas duas vezes na história da Sociedade, estreando-se com o cientista Ranieri Cancedda, um dos fundadores da medicina regenerativa na Europa. Durante o congresso, em Davos, Rui L. Reis apresentou uma palestra plenária, descrevendo os últimos 20 anos da sua investigação para 1300 especialistas de mais de 50 países.
O prémio sénior da TERMIS-EU é entregue a quem tiver um registo de publicações excecional (“outstanding publication records”), tendo contribuído para a literatura científica no domínio da engenharia de tecidos e da medicina regenerativa. A sua importância tem que ser evidenciada por meio de contribuições sistemáticas para a literatura científica, através de artigos científicos, artigos de revisão, livros de divulgação internacional, patentes, comunicações convidadas, lições plenárias em grandes congressos e outros contributos críticos neste domínio. O galardoado deve ser referenciado e citado de forma continuada e crescente pelos seus pares quando publicam outros trabalhos. A TERMIS-EU destacou na sessão “a carreira única do cientista português, bem como a sua capacidade de liderança na área e a impressionante bibliometria, quer em termos de publicações, quer de citações por outros autores”.
Rui L. Reis, professor catedrático da Escola de Engenharia da UMinho, é o primeiro cientista do mundo a ter recebido o galardão TERMIS-EU de Contribuições para a Literatura Científica, os dois maiores prémios da Sociedade Europeia de Biomateriais (Jean Leray e George Winter) e um Clemson Award da Sociedade Americana de Biomateriais, considerados os “Óscares” desta área. Teve ainda outros prémios científicos e de inovação, incluindo a nomeação para a Academia Nacional de Engenharia dos EUA, um doutoramento honoris causa e a condecoração pela Presidência da República Portuguesa.