Octávio Mateus, paleontólogo do Museu da Lourinhã e investigador da Universidade Nova de Lisboa, confirmou científicamente a descoberta de uma nova espécie de tartaruga, encontrada pelo próprio há cinco anos, em África.
Octávio Mateus, paleontólogo do Museu da Lourinhã e investigador da Universidade Nova de Lisboa, confirmou científicamente a descoberta de uma nova espécie de tartaruga, cujo fóssil foi encontrado pelo próprio há cinco anos, em África.
A nova espécie possui “mais de um metro de comprimento” e tem um crânio de “20 centímetros”, diz o paleontólogo à Lusa. É também a mais antiga tartaruga criptodira – ou seja, que encolhe o pescoço para dentro da carapaça e não para o lado, como outras espécies – do continente africano.
Há mais diferenças entre esta “Angolachelys mbaxi” (“Tartaruga de Angola”) e as restantes espécies já conhecidas: além das “narinas separadas”, foi também “dos primeiros répteis marinhos a cruzar o Atlântico de Norte para Sul”, refere ainda Octávio Mateus.
Foi numa expedição ocorrida em 2005, juntamente com outros especialistas internacionais, que o paleontólogo português descobriu o crânio, fragmentos da carapaça, vértebras e garras da nova espécie.
Os resultados dos estudos foram publicados numa revista da especialidade, sob o título “A mais antiga tartaruga criptodira de África do Cretácico de Angola”, avança o jornal Público.