Nas últimas semanas, os governos francês e britânico anunciaram o fim da venda de veículos a diesel e a gasolina até 2040. Estão os portugueses preparados para uma mudança semelhante? De acordo com o Observador Cetelem Automóvel 2017, os portugueses têm uma opinião positiva em relação às viaturas elétricas e híbridas, atribuindo respetivamente 7,1 e 7,4 a este tipo de motorizados, numa escala de 0 a 10.
As questões ambientais preocupam cada vez mais os europeus. Os consumidores portugueses têm, em média, uma perceção negativa em relação às tradicionais motorizações a diesel e a gasolina. Os números do Observador Cetelem Automóvel 2017 indicam que para 84% dos portugueses os automóveis a diesel e gasolina são sinónimo de poluição, face aos 70% de consumidores dos restantes países europeus com a mesma opinião.
Ainda assim, os dados publicados pelo Observador Cetelem Automóvel 2017 referem que apenas 7% dos portugueses considera o nível de poluição e impacto ambiental um critério importante no momento da compra de um veículo, sendo, por este motivo, necessário encontrar formas que minimizem esta disparidade entre as viaturas que os portugueses admiram e as que compram.
“Neste momento, observamos que a preocupação ambiental ainda não é tão relevante para os portugueses como o preço ou o consumo de combustível na hora de comprar um veículo. No entanto, a associação entre viaturas e poluição, acompanhada por uma opinião bastante favorável sobre carros amigos do ambiente, são indicadores de que se está a desenvolver uma consciencialização ambiental em linha com as tendências atuais e futuras do setor automóvel”, conclui Pedro Ferreira, diretor da área automóvel do Cetelem.
As análises e previsões do Observador Cetelem foram realizadas em colaboração com as empresas de estudos e consultoria BIPE/ TNS Sofres. Os inquéritos quantitativos aos consumidores foram realizados em quinze países – África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão, México, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia. No total, foram inquiridos, em 2016, mais de 8 500 proprietários de automóveis.