Ciência

Portugueses explicam septicemia

Cientistas portugueses do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) identificaram o que leva os órgãos a deixar de funcionar durante a septicemia e apresenta uma proteína capaz de travar a doença. A investigação faz a capa do próximo número da revista da
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Cientistas portugueses do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) identificaram o que leva os órgãos a deixar de funcionar durante a septicemia e apresenta uma proteína capaz de travar a doença. A investigação faz a capa do próximo número da revista da especialidade “Science”, de acordo com o portal Ciência Hoje.

Miguel Soares, que liderou a investigação, explica que com esta descoberta é possível saber, na prática, “quem vai ou não morrer da doença”. O objetivo é agora desenvolver um tratamento.

A doença sepsis grave, despoletada por uma infecção, caracteriza-se por uma “queda repentina da pressão sanguínea” e pela progressiva perda das funções dos órgãos. “Os órgãos param de funcionar”, o que leva à morte, explica.

O  grupo de investigação descobriu que é o grupo heme, que se encontra dos glóbulos vermelhos, é libertado por estes durante uma infecção. “Até agora não se sabia porque isto acontecia”, diz.

E é este grupo heme que é o responsável pela perda de funções dos órgãos. O grupo heme, “a estrutura química que transporta o oxigénio”, contém um átomo de ferro que “mata as células dos órgãos”, de acordo com o mesmo responsável.

Ao mesmo tempo que o grupo heme se acumula no sangue, os níveis de hemopoxina, que o neutralizam, baixam. Em experiências com ratinhos de laboratórios, percebeu-se que administrando esta proteína, os ratinhos que estavam a desenvolver a doença registaram melhoras significativas.

Assim, a aplicação de hemopoxina protege os órgãos e abre portas para o tratamento da doença.

A investigação foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e teve a colaboração da GEMI Fund Linde Healthcare (EUA), do Sexto Programa Quadro, do Programa Marie Curie, da Comissão Europeia, da Universidade do Missouri em Kansas City (EUA) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e FAPERJ (Brasil).

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