O primeiro lugar na competição foi ex-aequo para participantes da Hungria, Polónia e República Checa e a entrega de prémios decorreu no Pequeno Auditório do CCB. Ao todo foram apresentados, em Lisboa, 85 projetos de investigadores de 39 países.
“Rochas do Sudoeste – os mistérios escritos na pedra”, era o título do projeto de Inês e Kristoffer. Para os dois jovens tudo começou, conforme conta o Diário de Notícias, com uma saída de campo do Clube de Ciências da escola na costa entre a Zambujeira do Mar e o Carvalhal. Aí depararam-se com pequenas esferas de arenito perfeitas e intrigantes pela sua forma peculiar.
Com o apoio da professora que os acompanhava, os dois jovens decidiram pegar no mistério e, ao longo do ano letivo, desenvolveram a sua investigação. Recolheram amostras no terreno, analisaram-nas na escola e acabaram por fazer exames laboratoriais mais finos na Escola Superior Agrária de Beja, que os apoiou nesse trabalho. No final, conseguiram formular duas hipóteses para explicar a origem das estranhas esferas.
“Ou houve uma má distribuição do calcário naquela zona há milhões de anos, ou este calcário era de origem biológica e as esferas cresceram do centro da periferia”, explicaram ao DN, repetindo as conclusões que explicaram ao júri durante a exposição dos trabalhos no Museu da Electricidade.
Inês é agora caloira na Universidade Nova de Lisboa, onde ingressou no curso de Engenharia Geológica, e Kristoffer prosseguirá os estudos na Dinamarca. A investigação não está concluída e os dois recém-unviversitários embora estejam agora separados pela distância irão continuar o trabalho.