Dois cientistas portugueses criaram um adesivo que permite reparar mais facilmente defeitos cardiovasculares e que pode ser utilizado em cirurgias. Trata-se de uma espécie de penso elástico que atinge um elevado nível de aderência ao tecido humano e
Dois cientistas portugueses criaram um adesivo que permite reparar mais facilmente defeitos cardiovasculares e que pode ser utilizado em cirurgias. Trata-se de uma espécie de penso elástico que atinge um elevado nível de aderência ao tecido humano. A solução foi divulgada na revista científica Science Translational Medicine.
Maria José Pereira, cientista doutorada do Programa MIT Portugal, e Lino Ferreira, do Centro de Neurociências e Biologia Celular, são os principais responsáveis pela investigação que contou com a ajuda de investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), da Harvard Medical School e do Brigham and Women's Hospital.
Em declarações à agência Lusa, a investigadora explica que mesmo “quando estes adesivos são colocados nas paredes dum coração em batimento, eles continuam firmemente fixos independentemente da forte pressão que o sangue exerce no coração e vasos sanguíneos”.
O HLAA (adesivo hidrofóbico ativado pela luz) é inserido através de um pequeno cateter no local apropriado o que faz com que seja pouco invasivo para o corpo humano, reduzindo as complicações pós-operatórias, o tempo de recuperação e o desconforto do paciente.
Em comunicado, o MIT Portugal explica que “a aplicação dum adesivo formado por um novo biomaterial irá simplificar consideravelmente o processo, melhorar os seus resultados e diminuir a invasão cirúrgica”.
Este adesivo foi testado num septo interventricular num coração de um porco e resistiu às pressões sanguíneas durante 24 horas, o que é relevante para as intervenções intracardíacas em seres humanos.
O novo método poderá ser usado para reparar defeitos do septo cardíaco, um problema presente em seis bebés a cada mil nascimentos.
Notícia sugerida por Elsa Martins e Raquel Baêta