O trabalho premiado foi realizado em parceria com o violoncelista Peter Martens e editado pela editora do português e da sua mulher, Nina, a “TwoPianists Records”, avança a agência Lusa.
Luís Magalhães declarou à Lusa que este trabalho foi um grande desafio “porque a obra de Beethoven para violoncelo e piano é muito extensa”.
“Foi um trabalho de quase um ano e meio que fizemos em conjunto com um musicólogo, especialista em Beethoven, para tentar encontrar a verdadeira história por detrás dos tempos e velocidades que o Beethoven gostava que fossem usados em cada obra”, acrescentou o galardoado, que reside em Stellenbosch, perto da Cidade do Cabo.
A par com os galardões e concertos, Luís Magalhães mantém bem viva a sua atividade editando com regularidade através da TwoPianists Records. Desde o início do ano já gravou uma de cinco obras contratadas com a soprano Michelle Breedt, inspiradas em textos de Shakespeare, considerada pelo português como “simplesmente fantástica”.
Magalhães gravou também uma obra com o violinista Frank Stadler, baseada em composições de Janacek, Schuman e Schubert, para além de um disco com jovens músicos que estão a entrar no mercado sob a etiqueta “Debut”.
Em Agosto, a TwoPianists lançará mais uma obra, esta com Konstantin Scherbakov, que a editora contratou através da multinacional Naxos, com quem tem uma parceria a nível internacional, com o título “Me – On Wings of Song”.
Confiante relativamente ao futuro, o músico declarou à Lusa que a sua editora conseguiu “criar uma ligação emocional com o público sul-africano por sermos a única editora de música clássica do país e isto é uma espécie de orgulho nacional numa audiência que é conhecedora do género e não é influenciada pelas tendências mais comerciais da música clássica que existem por exemplo na Europa”.
[Notícia sugerida por Ana Margarida]