O responsável explicou à Lusa que o estudo incidirá sobre a regulação adotada em cada um dos países e a formação dos profissionais médicos. O objetivo é construir linhas orientadoras com vista à harmonização dos aspectos relacionados com a proteção radiológica, no espaço europeu.
“Há um conhecimento claro da União Europeia de que os países não estão a cumprir”, referiu Graciano Paulo, reportando-se à Directiva Comunitária EURATOM 97/43, sobre exposição à radiação ionizante para fins médicos, concretamente no que diz respeito à formação e prática em Protecção Radiológica, pelos técnicos, médicos e especialistas em Física Médica.
O estudo, que ficará concluído em março de 2013, será um contributo para a harmonização de práticas que a União Europeia pretenderá, no sentido de “proteger os cidadãos” das radiações, observou.
Formulará ainda recomendações, nomeadamente para a organização de cursos de Medicina, Radiologia e Medicina Física.
“Há uma preocupação mundial”, referiu Graciano Paulo, frisando que, apesar de as tecnologias estarem a evoluir muito, as referências na literatura não acompanham essa tendência, eventualmente por se recorrer mais aos diagnósticos e tratamentos com radiações ionizantes.
O grupo liderado pelo docente daquela escola de Coimbra iniciou os trabalhos numa reunião preparatória que teve lugar nos dias 4 e 5 de fevereiro, na sede da Direção-Geral de Energia da Comissão Europeia, no Luxemburgo.
O consórcio que vai desenvolver este estudo é formado por seis organizações europeias, entre elas a “European Federation of Radiographers Societies” (EFRS), da qual Graciano Paulo é vice-presidente.
[Noticia sugerida pelo utilizador Vitor Fernandes]